Boas Práticas de Produção Sustentável é lançado no Amazonas


Diretor-Presidente do IDAM, Edimar Vizolli,
lança o  Manual de Boas Práticas de Produção
Sustentável no Amazonas. (Foto: Luzimar Bessa)

O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM), lançou na manhã de ontem, 25, no auditório do Sistema Sepror, o Manual de Boas Práticas de Produção Sustentável no Amazonas. O exemplar tem como objetivo auxiliar no desempenho prático das atividades agropecuárias, agroflorestais e extrativistas desenvolvidas pelas famílias rurais em todo o Estado.
O Manual é uma publicação elaborada pela equipe técnica do IDAM, e será referência para a prestação dos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), visto que, o manuscrito reuniu diversos assuntos da agricultura familiar como, por exemplo, as culturas do abacaxi, guaraná, maracujá, cupuaçu, banana, mandioca, açaí, além da pecuária de corte, frango de corte, criação de peixes, adubação orgânica, entre outros.

Conforme o diretor-presidente do IDAM, Edimar Vizolli, o Amazonas é o Estado que mais tem avançado em termos de produção de forma sustentável. Segundo ele, o solo da região é propício para uma produção de qualidade, sem o uso de agrotóxico. O resultado pode ser comprovado na produção de banana e mandioca, por exemplo.
Para Vizolli, o Manual está entre as ferramentas do IDAM capaz de aproximar cada vez mais técnicos das Unidades Locais e os agricultores, principalmente, por conta da distância entre a capital e alguns municípios do Estado. “Eu tenho consciência do dever de ser um bom profissional, e os nossos servidores também, por isso, desenvolvemos nossas ações, voltadas para o setor primário, esperando colher bons frutos”, finalizou.
Ao todo o manual reuni 19 itens com orientações técnicas voltadas às equipes de extensionistas, produtores, agricultores familiares, entidades parceiras e a todos que tenham interesse na área agronômica e florestal do Amazonas. O exemplar ficará disponível na biblioteca do IDAM Central e nas 66 Unidades Locais espalhadas nos municípios do Estado.


Autores do “Boas Práticas de Produção Sustentável”.

Fonte: IDAM

Sistema wireless afere bem-estar dos frangos durante o abate

Tecnologia visa estabelecer parâmetros equivalentes à União Europeia


União Europeia recomenda a eletrocussão antes do abate,
que consiste em um procedimento que provoca a parada cardíada das aves

O Laboratório de Física Aplicada e Computacional da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP desenvolveu uma metodologia utilizando um sistema wireless (rede sem fio) que possibilita aferir o estado cerebral de frango de corte durante o processo de abate. A tecnologia tem como objetivo estabelecer um procedimento de equivalência em relação às exigências da União Europeia (EU) de bem-estar das aves durante o abate demonstrando, por intermédio do EEG (Eletroenceéfalograma), que o animal está inconsciente e não sofre durante o processo.

Em geral, o abate nas indústrias que processam a carne de frango é feito após o processo que insensibiliza usando corrente elétrica. O sistema provoca atordoamento da ave antes da sangria, evitando o sofrimento do animal. No entanto, a União Europeia tem recomendado a eletrocussão, procedimento que provoca uma parada cardíaca porque, segundo relatos de cientistas, o processo usado atualmente causa danos nas carcaças, como perdas superiores a 15% na carne do peito.

A pesquisa teve a parceira da Embrapa Aves e Suínos e da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), visando estabelecer parâmetros equivalentes à UE. 

Fonte: Globo Rural

Material genético de raças com risco de extinção será conservado

Seca no semiárido nordestino ameaça sustentabilidade das espécies


Raças nativas do semiárido nordestino têm sido
substituídas e correm risco de extinção devido à seca e falta
de medidas para uso sustentável (Foto: Jarbas de Oliveira/Ed. Globo)

Raças de caprinos e ovinos do semiárido brasileiro que estão ameaçadas de extinção devido à seca na região terão o material genético conservado. Um convênio firmado entre o Ministério da Agricultura e o Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas (Ceca – Ufal) pretende trabalhar na conservação e melhoramento de caprinos das raças Marota e Moxotó e da espécie ovina das raças Rabo Largo e Cara Curta.

“Há vários motivos que justificam a defesa irrestrita das iniciativas de conservação dos recursos genéticos. É nosso dever dedicar esforços para que as raças originadas na região mantenham-se conservadas, não apenas para um possível uso futuro, mas principalmente, para uma utilização associada à sustentabilidade”, disse o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Caio Rocha.

De acordo com Rocha, em razão da falta de medidas especiais para o uso sustentável e conservação, proporcionando apoio adequado aos criadores, as raças nativas vêm sendo substituídas. “Para o bem das futuras gerações, os recursos genéticos vegetais e animais devem ser considerados como um dos maiores patrimônios históricos, culturais e ambientais da região Nordeste”, salientou. 
Fonte: Globo Rural

Alevinos de tambaquis são entregues para agricultores de Manacapuru

Mais de quinze famílias de agricultores do município de Manacapuru foram contempladas com a entrega de trinta e seis mil alevinos (filhotes) de tambaquis, feita pela Unidade Local (Unloc) do IDAM em parceria com a Secretaria Estadual de Pesca – (Sepa)   e a Prefeitura. A ação fez parte do trabalho de incentivo à diversificação de produtos da agricultura familiar, desenvolvido pelo governo do Estado.
Antes da entrega dos alevinos, uma equipe do IDAM visitou os piscicultores, para esclarecer dúvidas e auxiliá-los no processo na criação. 
Hoje, a Unidade Local atende cerca de 100 piscicultores, a maioria deles vive em propriedades localizadas na AM 352 (estrada Novo Airão) e AM 070 (estrada Manoel Urbano).
Além do tambaqui, o pirarucu e o matrinxã também estão na lista dos peixes criados em Manacapuru, em sistemas de viveiro de barragem, tanque escavado e canal de igarapé.
A ideia é aumentar em 15 por cento a produção de tambaqui, que gira em torno de 300 toneladas/ano.

De acordo com a engenheira de Pesca do IDAM, Sandra Portela, noventa por cento dos alevinos conseguem sobreviver, graças aos piscicultores que seguem rigorosamente as orientações da equipe técnica do Instituto. A alimentação dos filhotes, por exemplo, deve ser feita na medida certa. “Os alevinos devem ficar sem alimento durante as primeiras 24 horas no criadouro, por conta do stress causado pela locomoção, feita normalmente de um município para outro”, explicou a engenheira.
Uma nova entrega de alevinos, da mesma espécie, deve ser feita no mês de novembro e deverá beneficiar vinte famílias.

Fonte: IDAM
BRF faz primeiro embarque de carne suína para o Japão

BRF faz primeiro embarque de carne suína para o Japão


A BRF vai fazer o primeiro embarque de carne suína de uma empresa brasileira para o Japão. O primeiro contêiner, com 25 toneladas, será embarcado no próximo domingo, de acordo com o vice-presidente de assuntos corporativos da BRF, Wilson Mello.
Segundo a empresa, a carga formada por cortes de filé de lombo e sobrepaleta de lombo sairá do porto de Itajaí (SC). Os itens foram produzidos na unidade da BRF em Campos Novos (SC), uma das duas plantas da companhia habilitadas para exportar ao Japão. Após cerca de sete anos de negociações, o país asiático reconheceu o Estado de Santa Catarina como livre de aftosa sem vacinação em maio passado. Isso significou a abertura do país à carne suína produzida no Estado.
De acordo com a BRF, a encomenda foi feita pela Mitsubishi, um dos maiores players do setor de carne no Japão. A trading japonesa já faz importação de frango produzido pela BRF para o Japão há vários anos. Mello afirmou que a BRF espera desenvolver com a Mitsubishi, em suínos, a mesma parceria que já tem em frango.
Segundo ele, a rapidez com que o negócio foi fechado — pouco mais de um mês após a abertura do mercado japonês — foi possível porque já existe uma relação entre o importador e a BRF. Mello lembrou que quando a China abriu o mercado, a BRF demorou nove meses para embarcar o primeiro contêiner.
Além da unidade de Campos Novos, a planta da BRF em Herval D’Oeste também foi habilitada para exportar carne suína ao Japão. O executivo não informou estimativas de volumes de carne suína que a BRF
prevê exportar ao Japão, mas disse que a expectativa é de que haja embarques mensalmente.

Fonte: BeefPoint

Consultório agrícola: inflamação nos pés de galinha

Danos e lesões nos pés podem ser causados devido à falta de um nutriente essencial na alimentação das aves.


Danos e lesões nos pés das galinhas podem ser causados devido à falta de biotina na alimentação oferecida à criação. Trata-se de um nutriente essencial para animais que faz parte da composição das rações de boa qualidade. Como componente de alimentos à base de milho e de soja e de farelos de oleaginosas, atende a todas as necessidades das aves. Sem ingerirem biotina, que pode entrar em decomposição na presença de ácidos rançosos, quando a ração está em más condições de conservação e de armazenamento, as aves ficam vulneráveis a machucados nos pés, além de problemas que interferem nas fases de desenvolvimento e reprodução. Como seus organismos não têm capacidade para assimilar com eficiência a biotina, aves consanguíneas comumente apresentam danos nos pés. Trate as galinhas machucadas com uma pasta feita de enxofre e azeite, aplicando-a de baixo para cima a fim de que a penetração ocorra também no lado debaixo das escamas das pernas. Para obter um exame mais detalhado, leve pelo menos uma galinha viva para um veterinário especializado. Pisos duros e/ou com pedras também podem ser o motivo para a formação de calos que resultam em inflamação dos pés das aves. Se não tratada com antibióticos indicados por um profissional, há risco de infecção. A higiene do local é muito importante para evitar piso contaminado, fermentação de fezes e umidade, que levam ao desenvolvimento de fungos e bactérias.

Fonte: Globo Rural

Tanques para piscicultura

Quais são as técnicas mais adequadas e de baixo custo para engordar peixes em tanques escavados e em tanques circulares?



O cultivo de peixes para consumo ou para ornamentação (utilizados em aquários, por exemplo) tem se popularizado no Brasil. As boas condições climáticas do país e a grande variedade de espécies nativas contribuem para o desenvolvimento da atividade. Com dedicação e empenho, produtores podem conseguir bons resultados e contar com a criação como fonte de renda principal de sua propriedade.

Antes de escolher os peixes que mais se adaptem à região de cultivo e dar início ao novo empreendimento, entretanto, é necessário montar uma estrutura apropriada no local. De acordo com o orçamento disponível, pode-se decidir por vários materiais encontrados no mercado e por diferentes sistemas de criação (confira a tabela na página ao lado).

O tanque de cultivo pode ser apenas escavado na terra ou, após a terraplenagem, ser construído em alvenaria e impermeabilizado com lona, fibra de vidro ou chapa galvanizada. Para o sistema de abastecimento de água, utilize blocos de concreto ou algum tipo de vala, com conexões de tubo de PVC para condução da água até o tanque. A vazão da água pode ser regulada com a instalação de um monge de alvenaria ou um cotovelo articulado, por meio do qual ocorre o escoamento da sujeira acumulada no fundo do tanque.

De forma geral, é recomendável que os viveiros não sejam muito grandes, para evitar dificuldades no manejo, como nos momentos de alimentação, transferência de peixes e despesca. Uma boa medida recomendada é de 40 por 50 metros, com 1,60 metro de profundidade. O formato retangular é o mais indicado para a criação de várias espécies de peixes, pois facilita a renovação da água. O circular, que exige mais aparatos para a movimentação da água e filtros para a remoção de resíduos, é mais frequentemente usado na criação de trutas, embora também possa ser usado no cultivo de lambari, tilápia e pirarucu, entre outros.

Piscicultores de algumas localidades do país têm optado por fertilizar a água dos viveiros com resíduos originários da suinocultura, promovendo a proliferação de micro-organismos que servirão de alimento para os peixes. Com produção que chega a 2 mil quilos de pescado por hectare por ano, o sistema é considerado uma opção para baratear os custos.



Muitos criadores brasileiros, no entanto, adotam viveiro com fertilização acrescida de alimentação suplementar. São aproveitadas sobras de hortaliças e/ou fornecidas rações de boa qualidade para a engorda dos peixes. A produção oriunda desses sistemas pode atingir 5 mil quilos por hectare por ano.

Para conseguir uma atividade mais produtiva e com custo baixo, os piscicultores também aproveitam para praticar o policultivo: várias espécies de peixes ocupam o mesmo viveiro, sendo que cada uma aproveita um espaço (mais no fundo, mais junto à superfície, etc.) e um tipo de alimento. Um exemplo de boa convivência é juntar em um único tanque tilápia com variedades de carpa.

Podem dividir o mesmo ambiente a carpa comum, que, assim como a tilápia, come de tudo (onívora); a carpa capim, que consome plantas (herbívora); a carpa cabeçuda, que se alimenta de minúsculos animais (zooplanctófaga); e a carpa prateada, que gosta de algas (fitoplanctófaga).

Uma recomendação importante para os iniciantes na criação de peixes é consultar a legislação ambiental. A orientação de um técnico competente pode assegurar o dimensionamento de um projeto econômico e produtivo. Um consultor em piscicultura também tem capacidade para avaliar as condições do local para a atividade, sugerir o melhor sistema a ser adotado, recomendar as espécies para cultivo e sugerir opções para baratear os custos.

Fonte: GLOBO RURAL