Engenheiro de pesca do IDAM destaca a importância da piscicultura para o Amazonas


Entrevistado por Sávio Santos da rádio Cultura do Amazonas, o engenheiro de pesca do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), Alfeu Ferraz Filho, falou sobre a piscicultura voltada para a agricultura familiar e explicou a importância da atividade para o Estado. A entrevista foi veiculada na manhã de hoje, 27 de março, no programa Bom Dia Amazônia.

A piscicultura é um ramo da aquicultura que envolve processos produtivos, engorda e despesca de peixes, além disso, vem se tornando a melhor alternativa para o setor primário do Amazonas. “A infraestrutura piscícola existente no Amazonas é considerada significativa e conta com suporte da Estação de Balbina, fábricas de ração e assistência técnica do Idam em todos os municípios”, disse Alfeu, destacando, que ao todo o Estado conta com mais de 3.488 piscicultores, em uma área alagada de 3.130 hectares, entre viveiros de barragens, viveiros escavados, tanques-rede e canais de igarapé.

Conforme Alfeu, a adesão do Cadastro Ambiental Rural (CAR) é indispensável na legalização ambiental da atividade piscícola. Segundo ele, os passos seguintes serão desenvolvidos por extensionistas das Unidades Locais do IDAM e produtores rurais. “Essa providência abre espaço para que o produtor possa pleitar o Cadastro de Piscicultor junto ao Ministério da Pesca para comercialização e aquisição de alevinos”, complementou.

Histórico – A piscicultura no Estado teve início em 1980, quando foram implantados os primeiros 67 viveiros de barragens e fornecidos alevinos, que na época, eram capturados na natureza. Uma segunda etapa aconteceu na década de 90, com a Estação de Piscicultura de Balbina, administrada pela extinta Emater, hoje IDAM. Depois surgiram os viveiros escavados, distribuição de alevinos para os municípios e atualmente já se criam peixes em tanques-redes e canais de igarapé.

Atividade – A piscicultura em viveiro escavado é a modalidade de criação de peixe que se destaca como a melhor alternativa para o setor primário do Estado do Amazonas. A modalidade apresenta um avanço tecnológico no sistema produtivo, proporcionando aos produtores a oportunidade de aumentar a produção, atingindo o peso ideal dos peixes em menor tempo. Além disso, a atividade tem retorno financeiro garantido e contribui para manter os estoques naturais, principalmente, o tambaqui que tem sistematicamente apresentado declínio na produção extrativa.

Fonte: IDAM


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