O manejo alimentar tem forte influência na rentabilidade da criação de bovinos de corte



Na criação de bovinos de corte o manejo alimentar tem forte influência na rentabilidade, sendo indispensável que o pecuarista seja conhecedor da nutrição animal e as características dos alimentos.
A alimentação é responsável por uma grande parte dos custos da produção de Bovinos. Conhecendo as ferramentas do manejo racional da alimentação com a máxima eficiência a produção será mais rentável e de qualidade.

Em relação à importância da nutrição no manejo de bovinos de corte o Médico Veterinário Marcelo Neves Ribas, que é professor dos Cursos de Nutrição de Bovinos do CPT – Cursos Presenciais declara que há um consenso entre técnicos de que a nutrição é um dos parâmetros de manejo que mais interfere no desempenho produtivo e reprodutivo dos animais. Em outras palavras, a precocidade ou a taxa de ganho de peso, a idade ao abate ou a idade à primeira cria são muito sensíveis às alterações da nutrição ou do programa nutricional da propriedade.

Além disso, a alimentação é um dos itens que mais onera os sistemas de produção, tanto em sistema extensivos quanto em sistemas intensivos. Na avaliação financeira de sistemas comercias de produção, a nutrição pode representar de 30% a 40% do custo total nos sistemas extensivos, podendo ser superior a 90% nos sistemas intensivos de engorda (confinamentos). Portanto, a conquista de maior eficiência econômica na produção depende necessariamente da administração criteriosa do plano nutricional e dos recursos disponíveis na propriedade.

No planejamento nutricional para o gado de corte de acordo com o professor devem ser considerados alguns critérios como: avaliar a propriedade e propor um plano nutricional específico para cada rebanho ou cada fase de desenvolvimento (cria, recria, engorda). Nesta avaliação, devem ser levados em consideração os seguintes itens:
- Recursos disponíveis na propriedade: insumos, maquinários, instalações, genética do rebanho e qualidade da mão de obra;
- Desempenho desejado: ganho de peso, taxa de desfrute e eficiência reprodutiva;
- Situação do mercado: custo dos insumos, preço da arroba, preço da reposição.

O fundamental é que produtores e técnicos tracem metas para os sistemas de produção e utilizem as estratégias nutricionais de forma consciente para que esses objetivos sejam atingidos de forma sustentável e economicamente viável. Seguem algumas estratégias de suplementação que podem ser adotadas: Sal mineral, Sal ureado, Sal proteinado, Suplemento energético, Pastagem diferida, Semi-confinamento, Confinamento, salienta Marcelo.

Com o balanceamento de dietas específicas, pode se explorar o máximo potencial que cada animal possui na sua base genética, com um perfeito balanceamento de uma dieta, considerando todos os alimentos ingeridos ao longo do dia e suas fontes nutricionais de proteína, gordura, minerais e vitaminas que podem ser retidas pelo corpo dos animais.

Marcelo explica que a criação de gado de corte no sistema de produção a pasto é considerado o mais barato e de menor impacto negativo para o meio ambiente. Atualmente, com a adoção do manejo rotacionado das pastagens, é possível obter altos ganhos de peso por animal e alta produtividade por área com baixo custo de produção. Entretanto, a produtividade das forrageiras mais utilizadas, quando não irrigadas, é concentrada em apenas seis meses do ano. Devido a este regime sazonal presente em grande parte do Brasil, fruto da má distribuição de chuva e variação de temperatura, a produção de carne exige dos produtores que sejam criados manejos alternativos e formas de suplementação dos animais durante o período seco para que a produção seja mantida.

Uma destas alternativas de suplementação dos bovinos no período seco é o confinamento. Com a adoção do confinamento, é possível imprimir alto ganho de peso, realizar engorda e ter animais para abate durante todo o ano, promover uma melhoria na qualidade da carne com maior acabamento e padronização das carcaças, além de permitir que as pastagens sejam poupadas. Apesar de todas as vantagens apresentadas, este sistema é o de maior custo, o que aumenta o risco da atividade.

Criação de abelhas nativas gera renda e combate o desmatamento na Amazônia

Pequenos produtores usam técnica natural para aumentar polinização e produção de frutas


As colmeias de abelhas amazônicas ficam entre as árvores de frutas e protegidas da chuva com telhas

No cantinho da propriedade de Ivanildo Alves dos Santos, nos arredores de Manaus, há um espaço reservado para várias colmeias. As "caixinhas" são responsáveis pelo aumento e melhora na produção de frutas como abacaxi, urucum, açaí, graviola e coco. Só na cultura de açaí, a produção foi quase dobrada.

As abelhas nativas sem ferrão do gênero Melipona , típicas da região, estão entre os principais polinizadores da floresta amazônica. " A produção de frutas aumentou e a qualidade também melhorou, elas estão mais doces", disse ao iG Santos, dono de uma pequena propriedade rural de 13 hectares.

Além das frutas mais doces, o orçamento também foi engordado com a venda do mel. Diferente do mel comum, oriundo da abelha africana ( Apis mellifera ) e conhecido em todo o Brasil, o mel da abelha nativa produz um mel mais doce e mais nutritivo e também mais caro. Santos produz por ano 40 litros de mel, vendidos em Manaus por 50 reais o litro. A produção é baixa, pois estima-se que as abelhas sem ferrão produzam somente 10% que a abelha africana produz.

Sousa está seguindo uma nova tendência na região do entorno de Manaus. De acordo com o presidente da Associação de Melipolicultura de Manaus, o agricultor Sérgio Souza, são 80 associados e outros tantos produtores não associados.

"A produção de mel não é a atividade número um de cada produtor, mas é algo que está dando dinheiro e melhorando as outras culturas das pequenas propriedades", disse Souza. O uso das abelhas ajuda a reverter os impactos do desmatamento. Ao voar de flor em flor, elas promovem o transporte do pólen e a reprodução das plantas.

Caixas para evitar a derrubada de árvore

Souza produz as colmeias, as mesmas usadas na propriedade de Santos. Isto porque naturalmente as abelhas nativas não constroem colmeias, elas produzem o mel nos troncos das árvores e para retirar o produto, seria preciso derrubá-las.

Mas uma caixa, que faz as vezes de colmeia, resolveu este problema. Na verdade é uma engenhoca com cinco caixinhas colocadas umas sobre as outras. Em cada compartimento fica depositado, o mel, as abelhas, o ninho e a lixeira, com fezes e abelhas mortas. Souza vende cada colmeia a R$ 200.
Um projeto coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas e com o apoio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam) foi desenvolvido para incentivar o uso da meliponicultura na região. As colmeias desenvolvidas pelos pesquisadores do Inpa, ficaram conhecidas pelo nome do instituto e são até vendidas pela internet.

Fonte: Portal IG

Suinocultores comemoram por mercado japonês


Após sete anos de longas negociações entre os dois países, nesta sexta-feira, o governo japonês abriu o seu mercado para a carne suína in natura produzida em Santa Catarina. Essa é uma notícia alvissareira, não só para a suinocultura nacional, mas para o governo federal e de Santa Catarina.

Segundo o Ministério da Agricultura, a autorização do governo japonês foi publicada na edição desta sexta-feira do 'Diário Oficial' daquele país. Os embarques começarão assim que governo brasileiro enviar ao Japão a lista de estabelecimentos exportadores que atendem requisitos sanitários. A lista está sendo elaborada pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, em consulta com as empresas.

O Secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, observa que o Brasil será o primeiro país que se beneficiará do reconhecimento de zona livre de febre aftosa para exportar carne suína para o Japão. Segundo ele, 'até agora, o Japão só aceitava importações de carnes de animais susceptíveis à doença se o país fosse inteiramente livre'. Santa Catarina é o único Estado brasileiro que detém o status de livre de aftosa sem vacinação.

Porto destaca o fato de a abertura do mercado japonês estar ocorrendo em um momento importante para o setor, pois pode compensar a suspensão das importações pela Ucrânia, no final de março deste ano, sob alegação da presença da bactéria listeria em lotes de carnes oriundas do Brasil. Até o primeiro trimestre deste ano a Ucrânia era o segundo maior importador de carne suína brasileira, superada apenas pela Rússia.

O secretário diz que as exportações de carne suína para o mercado japonês irão gerar grandes benefícios para a suinocultura nacional. 'Finalmente Santa Catarina irá auferir benefícios econômicos positivos por seus esforços para se tornar Estado livre da doença, sem vacinação', diz Porto.

Os dados oficiais mostram que o Japão é o maior importador mundial de carne suína in natura. No ano passado, foram importadas 779 mil toneladas ao valor de US$ 5,1 bilhões. As importações do Japão representam 31% do mercado mundial. O segundo maior mercado é a Rússia, que importou US$ 2,5 bilhões no ano passado.

Os principais fornecedores de carne suína in natura para o Japão no ano passado foram Estados Unidos (US$ 2,1 bilhões), União Europeia (US$ 1,4 bilhão) e Canadá (US$ 1,1 bilhão). No ano passado, o Brasil - que é o quarto maior exportador de carne suína in natura do mundo - vendeu o produto para 63 mercados, totalizando US$ 1,3 bilhão (quase 500 mil toneladas). Santa Catarina lidera a lista dos exportadores brasileiros, com receita de US$ 492 milhões e embarques de 181 mil toneladas no ano passado.

Fonte: Agron.com.br

Acossados pela urbanização e o cativeiro




 
O Gavião-Real que chegou ao Sauim-castanheiras baleado no pescoço. Sua recuperação levou um ano e permitiu que ele fosse devolvido à natureza. Fotos: Marcio Isensee.
 
Manaus é hoje a 10ª maior região metropolitana do Brasil com 2.2 milhões de habitantes, segundo o IBGE. O coração da Amazônia, como gosta de ser conhecida, é ao mesmo tempo grande centro econômico e ferida na floresta. Sofre com trânsito caótico, poluição dos igarapés, rios e bacias, especulação imobiliária e crescimento horizontal que adentra a mata. A fauna que habita seu entorno sofre com o atrito da cidade, com a caça e o tráfico ilegal de animais.

Para amenizar esse conflito em que sempre perdem os animais, Manaus mantém dois Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), cuja função e acolher animais resgatados pelos órgãos ambientais ou entregues pela população. Um deles está dentro do Refúgio da Vida Silvestre Sauim-Castanheiras, uma Unidade de Conservação de proteção integral, gerida pelo Município. O outro se encontra dentro da sede do IBAMA na cidade. Com poucos recursos, os veterinários e tratadores desses centros realizam um trabalho formidável de cuidar de ferimentos físicos e traumas, na tentativa de reintroduzir os animais à natureza.

Sem recursos
 
Entrada do Refúgio da Vida Silvestre Sauim-Castanheiras,
uma UC de Proteção Integral com 95 hectares que abriga um CETAS.

“Nossas dificuldades são muitas. A maior talvez seja falta de profissionais disponíveis. Faltam veterinários, biólogos e tratadores em número suficiente”, diz Diogo Cesar Lagroteria, único veterinário do Ibama no estado do Amazonas. Ele é obrigado a dividir seu tempo entre trabalhos administrativos, de fiscalização e de cuidar dos animais do CETAS/Ibama. Diogo sonha com o engajamento e parceria de universidades, instituições de pesquisa e iniciativa privada como uma saída para fortalecer os centros, mas esta não é a realidade. “Com a falta de gente, estrutura e verba, fica difícil desenvolver um trabalho que não seja quase sempre emergencial”, diz.

O outro CETAS de Manaus, o Saium-Castanheiras sofre das mesmas mazelas. A estrutura deste centro é satisfatória, mas também esbarra na falta de pessoal e verbas para manutenção e melhorias. Segundo o veterinário responsável, Laérzio Chiesorin Neto, o Saium-Castanheiras tem 18 funcionários, dos quais apenas 1 veterinário e 3 tratadores. Esse paranaense que escolheu dedicar a vida ao tratamento de animais amazônicos levou a reportagem de ((o))eco para um tour que mostrou parte dos 170 animais “hospedados” neste CETAS. Sob os cuidados da sua equipe, há cobras, araras e macacos, além de um belíssimo Gavião-Real.
 
Laérzio e um Macaco-de-Cheiro.

Diogo Lagroteria segura um filhote de Macaco Barrigudo.
Esse tipo de animal é frequente no CETAS, pois são capturados para “estimação” e depois de adultos renegados.

Um dos problemas recentes do Sauim-Castanheira decorre de modificações na legislação ambiental promovidas pela Lei Complementar 140 (Dez/2011). por ela, a competência da gestão da fauna divide atribuições entre união, estado e municípios. Katia Schweickardt, secretária municipal de Meio Ambiente, vê com preocupação a situação do CETAS Sauim-castanheiras: “o município está saindo da gestão da fauna”, disse. “Para cuidar dos animais a gente precisa de recursos. (...) A gente [o município] entrou em entendimento com o governo do estado e vamos apoiar a manutenção do CETAS se o estado assumir itens como alimentação, medicação dos animais e quadro funcional”.


“Sortudos” e “azarados”


Um periquito sem os olhos, arrancados em cativeiro.
                                                                                       O CETAS Sauim-castanheiras recebe com maior frequência macacos (principalmente macaco-prego) de pessoas que os pegaram filhotes para criar e descobriram que, quando crescem, se tornam agressivos. Outro caso é o de animais que foram feridos por pessoas. Uma cobra Jiboia chegou ao refúgio esfaqueada e lá estava se recuperando para ser devolvida à floresta. Um gavião-real se recuperava de um tiro no pescoço. O animal foi resgatado na BR-174 e ninguém sabe a causa do tiro, mas a recuperação demorou 1 ano (logo após a visita de ((o))eco, o Gavião foi solto na mata). “Infelizmente o animal não foi marcado ou monitorado, mas parecia apto e a expectativa é de que se vire bem na mata”, disse Laerzio. Desde 2009, o Sauim-Castanheiras já atendeu mais de 3.200 animais, com uma taxa de retorno à natureza perto de 70%.
  

Filhote de Onça-Parda de 6 meses. A reintrodução deste
animal na natureza é praticamente impossível.


 Mas a sorte não sorri para todos. O filhote de onça-parda teve sua mãe abatida por caçadores e chegou ao CETAS do Ibama em boas condições de saúde, com aproximadamente 2 meses de idade. Agora com 6 meses, as chances de ser reintroduzido na natureza são mínimas. O felino aprende suas habilidades de caçador com a mãe e o filhote não teve essa chance. Segundo Diogo Lagroteria, uma onça em cativeiro está “ecologicamente morta”. Esta pequena onça-parda está fadada a longa espera por um lugar em um zoológico ou por um criador autorizado.
 


*Matéria editada em 22/05/2013

Para ler a matéria na íntegra acesse: OECO

PF prende comerciante que tinha 51 quelônios dentro de casa

Quando a polícia chegou ao local, alguns animais já estavam no carro do comerciante, pronto para serem comercializados de maneira ilegal.

Na manhã deste sábado,uma  equipe de policiais federais da Delegacia de Meio Ambiente (DELEMAPH) prendeu em flagrante um comerciante com diversos quelônios em sua residência, no Bairro Santa Etelvina, sem autorização, permissão ou licença dos órgãos ambientais.

Quando a polícia chegou ao local, alguns animais já estavam no carro do comerciante, pronto para serem comercializados.

Foram apreendidas 51 quelônios, sendo 47 fêmeas de tartarugas amazônicas e 4 tracajás. Algumas tartarugas eram matrizes de mais de 40 anos de idade. Os animais foram trazidos da Região do Rio Branco (afluente do Rio Negro), no estado de Roraima. Algumas estavam mutiladas e machucadas devido aos métodos de captura, confinamento e transporte.

Analistas Ambientais do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) analisaram os animais, que receberam tratamento e foram libertados.
De acordo com a polícia federal, os animais eram vendidos por encomenda. As pessoas que compraram os animais também podem vir a ser indiciadas pelo crime de adquirir espécime da fauna silvestre sem licença ou autorização.

A captura de uma fêmea matriz, como as apreendidas pela PF, causa enorme impacto na população de tartarugas e desequilíbrio ambiental na região, segundo biólogos do Inpa consultados pela Polícia Federal. Já há redução de até 70% do número de ovos de tartarugas em certas regiões amazônicas por conta da captura dos animais, informaram os biólogos à PF.









Fonte: D24am

Educação ambiental pode salvar o sauim-de-coleira


Espécie que só existe no Amazonas é a mais ameaçada da região.


Espécie exclusiva do Amazonas, com ênfase em Manaus, o sauim-de-coleira continua no topo da lista dos animais ameaçados de extinção. Especialistas em conservação apontam a expansão da cidade como causa da destruição do habitat da espécie, fator decisivo para a diminuição dos indivíduos. O Plano de Ação Nacional para a Conservação do Sauim-de-Coleira (PAN) aposta na educação ambiental como uma das alternativas para reverter a situação.

Integrante do PAN, a bióloga Luciana Valente disse que o sauim-de-coleira é o primata mais ameaçado de toda a Amazônia e está classificado no pior nível de risco de extinção. Ela explica que o território habitado pela espécie está cada vez mais restrito, em razão da proximidade com a área urbana de Manaus.
“Ele sofre muito com a perda de habitat e avanço da cidade, e fica isolado nos fragmentos de floresta dentro e no entorno da capital, onde não é viável a sua manutenção”, afirmou.

A especialista esclareceu que muitas outras espécies se relacionam com o sauim-de-coleira e a sua extinção teria impacto direto na flora local. Luciana orienta ainda que o macaco não deve ser tratado  como animal doméstico e diz que a população pode contribuir para a preservação da espécie não desmatando por completo os quintais e áreas para construção, além de semear plantas nativas. “Temos muitos casos onde o proprietário de um terreno desmata tudo para depois plantar palmeiras, por exemplo, que não tem grande conexão com a fauna local”.

O PAN também tem o objetivo de interferir nas políticas públicas do município, como ampliação das áreas de conservação dentro da cidade. As entidades ligadas ao Plano estão elaborando atividades e campanhas de educação ambiental para sensibilização dos moradores de Manaus à causa.
O programa foi lançado em 2011, como objetivo de reduzir a taxa de declínio populacional do sauim-de-coleira e assegurar áreas protegidas para a espécies, em 5 anos. O plano é coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com o apoio de outras entidades.

Especialistas querem aproximar a espécie da população
A coordenadora do zoológico do Tropical Hotel, Dayse Campista, afirmou que a aproximação da população com sauim-de-coleira pode evitar a morte de vários animais. Ela analisa que a apreciação da espécie tanto diminui o índice de macacos maltratados, como aumenta a efetividade das campanhas de preservação.

“É fundamental que as crianças conheçam o sauim-de-coleira, e percebam ele como um morador do quintal da casa delas, não um intruso”, analisou.
Dayse destaca que além de sofrer com a degradação ambiental, o sauim-de-coleira disputa as condições do habitat com o Saguinus midas, mas conhecido como sauim-de-mãos-douradas. A competição reduz ainda mais a chance de sobrevivência da espécie. 

Fonte: D24am.com

Governo quer tornar Presidente Figueiredo a principal bacia leiteira


O Governo do Amazonas pretende transformar o município de Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros de Manaus) em um grande polo de produção de leite e derivados. Para isso, vai investir em capacitação e viabilizar crédito e assistência técnica a 60 produtores da região. A produção será adquirida por meio da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS) e vendida para a agroindústria Amazon Nat, implantada no município com apoio do Governo do Estado.

Na semana passada, o governador Omar Aziz visitou a fábrica de laticínios, considerada modelo de produção sustentável no Estado. A unidade fica no quilômetro 45 da Estrada de Balbina, na Fazenda São José, onde atualmente são produzidos cinco mil litros de leite, mas tem capacidade para 16 mil litros.

De acordo com o presidente do Instituto de Desenvolvimento Agroflorestal do Estado do Amazonas (Idam), Edmar Vizzoli, a ideia é capacitar cerca de 60 produtores do município de Presidente Figueiredo para que eles transformem suas propriedades e possam começar a produzir leite. “Esses 60 produtores já têm um potencial e nós vamos entrar com parcerias com a Afeam (Agência de Fomento do Estado do Amazonas), Sepror (Secretaria Estadual de Produção Rural) e ADS, para que possamos viabilizar o projeto deles. A ideia do governador Omar é exatamente fechar essa cadeia”, destacou Vizzoli.

Segundo o presidente do Ipaam, a ADS deverá adquirir o litro de leite e vendê-lo a R$ 1 para a agroindústria. O Governo do Estado vai oferecer assistência financeira e técnica, orientando os produtores desde a recuperação de solo até a produção do leite e toda a cadeia produtiva da produção, como manejo de pastagem e qualidade animal. Vizzoli acredita que, em um ano, aqueles que receberem os incentivos, já estejam prontos para começar a produzir leite.

Ao conhecer a fábrica, o governador Omar Aziz destacou o potencial agroindustrial do município. “Está claro que o município de Presidente Figueiredo tem capacidade de se tornar o maior produtor de leite do Estado e eu fico muito feliz em ver que isso é possível”, disse o governador.

De acordo com o presidente Afeam, Pedro Falabella, por determinação do governador Omar Aziz, existe um plano para, nos próximos anos, incentivar a implantação de mais fazendas produtoras de leite e ampliar o fornecimento para a fábrica modelo, aumentando a produção local. “A ideia é montar um polo produtor de leite. Recursos disponíveis nós temos, o que queremos são bons projetos, que mostrem retorno”.

Segundo o presidente da Afeam, o Governo do Estado já está desenvolvendo projeto de incentivo à pecuária no Distrito de Santo Antônio do Matupi, em Manicoré, e no município de Apuí, nos mesmos moldes do que está sendo planejado para Presidente Figueiredo. Em Apuí, os supermercados da região já adquirem queijo produzido no polo leiteiro da cidade.

A fábrica de laticínios Amazon Nat recebeu investimentos de R$ 2,5 milhões do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e também da Afeam, e produz, além de leite longa vida, queijos, iogurtes. A unidade será a primeira do Estado e uma das nove do país, a fabricar leite tipo A, feito de forma totalmente industrial, sem qualquer contato humano.

O rebanho que abastece a fábrica é de aproximadamente 800 cabeças de gado, criadas em uma pastagem de 320 hectares e, segundo o administrador da fazenda, José Mário Resende, esse espaço é suficiente para a criação dos animais sem precisar desmatar mais áreas verdes. O tamanho total da fazenda é de aproximadamente dois mil hectares.

Segundo José Mário, com o incentivo do Governo do Estado, foi possível a criação da fábrica e será 
possível a implantação da bacia leiteira. “Se não fosse o Governo do Estado a gente não poderia fazer nada disso e com o incentivo a outros produtores a quantidade de leite produzido também vai aumentar e assim poderemos chegar aos 16 mil litros que a fábrica tem capacidade”.   
Fonte: IDAM

Encerrou no dia 30 de abril a campanha de vacinação contra febre aftosa


Encerrou no último dia (30), em todos os municípios das calhas dos rios Amazonas e Solimões a campanha de vacinação contra febre aftosa iniciada no dia 15 de março. 


A equipe técnica do Idam de Fonte Boa (a 678 km de Manaus) com o objetivo de imunizar todo o rebanho existente na região, obteve resultados positivos nessa campanha. 

De acordo com o técnico do Idam, Ricardo Bonet , foram imunizados cerca de 180 animais das propriedades localizadas nas comunidades dos setores de Solimões de Baixo, Meneruá, Maiana, Solimões de Cima, Tarará e Solimões do Meio.

Na oportunidade, técnicos do Idam realizaram Demonstração de Método (DM) sobre a forma correta de vacinar os animais. "É importante saber manusear corretamente a vacina, uma vez que aplicada de forma errada pode não fazer efeito", orientou a técnica do Idam, Suelen Reis, ressaltando que os pecuaristas locais foram orientados sobre os cuidados necessários com a vacina, desde o armazenamento até a aplicação.   
É importante destacar que a doença pode causar vários prejuízos ao criador, principalmente na comercialização, além de ser considerada uma ameaça a segurança alimentar
.



Febre aftosa - É uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida de aparecimento de vesículas (aftas), principalmente, na boca e nos pés de animais de casco fendido, como bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos. Causada por um vírus a doença pode se espalhar rapidamente caso medidas de controle não sejam adotadas. 






Texto adaptado com informações obtidas na própria Instituação.
Para maiores informações acesse: IDAM

Instituto realiza Campanha de Vacinação Contra Febre Aftosa em Alvaraes

Com o intuito de mobilizar e informar os criadores sobre a importância da vacinação de bovinos e bubalinos, técnicos do Instituto Amazônia e do IDAM realizaram no mês de abril, no município de Alvaraes, a primeira etapa da Campanha de Vacinação Contra Febre Aftosa e visitas as comunidades.


“Nosso objetivo é prevenir e erradicar a Febre Aftosa dos rebanhos bovinos das propriedades locais e comunidades rurais do Alto, Médio e Baixo Rio Solimões. Esta ação foi muito importante para o nosso público alvo, produtores e criadores de rebanhos bovinos, para manter e garantir a saúde dos rebanhos”, enfatizou o técnico agropecuário Waldejane Moreira.

Objetivando orientar os criadores que não participaram da Campanha sobre a vacinação, técnicos ainda realizaram visitas a criadores de bovinos e bubalinos, das comunidades rurais Porto Nazaré, São Jorge, Laranjal, Conceição Perseverança, Juruamã, Canariá, Assunção, Conceição do Furo, Boca do Mamirauá, Macedônia, Manixi, São Joaquim do Ice e São Raimundo do Jarauá.

“A vacinação é uma ação necessária na criação animal, quer seja pela obrigatoriedade de leis que visam à prevenção ou erradicação de algumas doenças, como o caso da Febre Aftosa, quer para assegurar boas condições de saúde aos animais, minimizando riscos de doenças e consequentes prejuízos econômicos aos criadores de bovinos e bubalinos do município”, explica Moreira.

A visita ocorreu também a alguns criadores de aves. “Apresentamos aos criadores técnicas que, se aplicadas corretamente, poderão proporcionar conforto as aves, de maneira que elas possam ter o melhor desempenho”.
Moreira completou informando que também realizou demonstração de métodos para a aplicação correta de inseticida (ICON 05 CE) para controle de pragas em plantios de Mandioca e Citros.