LAFA no XXI Congresso de Inicialização Científica - CONIC




O XXI Congresso de Iniciação Científica da UFAM congrega a comunidade acadêmica da Universidade Federal do Amazonas em Manaus e nos campi de Benjamin Constant, Coari, Humaitá, Itacoatiara e Parintins na reunião anual onde são apresentados os trabalhos de iniciação científica desenvolvidos no Programa de Iniciação Científica da UFAM. O XXI CONIC é uma realização da Universidade Federal do Amazonas - UFAM com o apoio do CNPq e da FAPEAM.
Além dos trabalhos de pesquisa, o Conic promoveu mini-cursos e exposição de pôsteres de alunos de instituições de ensino e pesquisa da região, que atenderam ao convite da universidade e submeteram seus trabalhos para apresentação no congresso na forma de pôsteres, na modalidade “temas livres”.

Na última quinta-feira, 13 de dezembro, os bolsistas do Laboratorio de Anatomia e Fisiologia Animal - LAFA apresentaram  seus respectivos PIBIC's - André Ferreira Silva (Projeto: Biometria Testicular, Características Comportamentais e Seminais de Ovinos das Raças Santa Inês, Dorper e White Dorper Criados no Sistema Semi-Intensivo em Manaus); Adriana Bulcão da Silva Costa (Projeto: Análise Econômica da Implementação de Biotecnologias da Reprodução em uma Propriedade no Entorno de Manaus-Amazonas); Marilza Assunção de Oliveira (Projeto: Avaliação do Perfil Metabólico de Cordeiros da Raça Santa Inês do Nascimento ao Abate); Regina Oliveira da Silva (Projeto: Avaliação da Deficiência Reprodutiva de Ovinos Submetidos aos Protocolos de Curta e Longa Duração para Indução de Estro numa Propriedade do Entorno de Manaus-AM).

Equipe LAFA após apresentação de Pibic's.

Pesquisas auxiliam na criação de ovinos e caprinos no estado do Amazonas

Pesquisas auxiliam na criação de ovinos e caprinos no estado do Amazonas


A ovinocultura brasileira está passando por um período de grandes transformações, principalmente no que se refere a cultura dos produtores, deixando de ser uma atividade de subsistência para fazer parte de um mercado em franca expansão.

No estado do Amazonas, a criação de ovinos e caprinos tem crescido significativamente e consequentemente o consumo de carnes e derivados. Tem ocorrido por parte dos produtores importação de animais melhorados para contribuírem como o melhoramento do rebanho no estado. Entretanto, ainda não há uma constância na oferta dos produtos oriundos desse setor.

Com objetivo de difundir estratégias que possam fortalecer esse agronegócio no Amazonas, a Faculdade de Ciências Agrárias por meio do Laboratório de Anatomia e Fisiologia Animal (LAFA) junto com estudantes, técnicos, extensionistas, pesquisadores e criadores vêm trabalhando na atualização de tecnologias empregadas no manejo, em prol do vislumbre da ovinocultura no estado do Amazonas.

Assista agora a entrevista da Professora e Pesquisadora da UFAM Dra. Roseane Oliveira para o Programa Amazônia Rural sobre as pesquisas realizadas  pela sua equipe que auxiliam na criação de ovinos e caprinos no estado do Amazonas.

Equipe LAFA apoiando a greve das Universidades Federais no UFAM NA PRAÇA

No dia 29 de junho de 2012 a Equipe LAFA esteve presente no UFAM NA PRAÇA divulgando nossos trabalhos de pesquisa e extensão.



No stand da FCA - UFAM fizemos a degustação da carne de cordeiro à população que estava presente, que aprovou essa nobre carne.

Por acreditarmos que a ovinocaprinocultura seja uma criação como modelo sustentavelmpara produção de proteina animal na região amazônica, com possibilidade de tornar-se economicamente viável por seu valor agregado por hectare, proporcionando, desse modo, uma maior  inclusão social, sobretudo na produção em escala familiar, destacando a produção de adubo orgânico e seu uso no cultivo de hortaliças e culturas perenes.

Outro fator é o aumento da disponibilidade de proteína de origem animal, incrementando a renda do produtor, diminuindo os custos com limpeza nas áreas de culturas, reduzindo a necessidade de abertura de novas florestas.


Houve exposição dos nossos trabalhos em forma de pôsteres a comunidade

 Em que divulgamos nossos trabalhos para a sociedade, mostrando desse modo, uma universidade aberta e preocupada com as necessidades e problemas encontrados na produção agropecuária do estado do Amazonas.



Animais Selvagens Abandonados Recuperam-se, mas Precisam de um Novo Lar

Vítimas do descaso em um zoológico de Santa Catarina, muitos ainda têm destino incerto

por Vinicius Galera


Graças a um tratamento intensivo por que vêm passando, sobretudo no último mês, muitos dos animais abandonadosnum zoológico da cidade de Salete (SC), no final do ano passado, estão em fase final de recuperação. Os sobreviventes, já que alguns, como um tigre, morreram, agora enfrentam um novo problema: a necessidade de um novo lar.

A história começou em novembro de 2011 quando o lugar onde os animais viviam, nas instalações do centro de lazer Catoni Park Hotel, foi embargado por problemas de segurança. Na época, o proprietário, Azodir Cattoni, cujos bens foram bloqueados pela Justiça na semana passada, decidiu fechar o zoo e começou a doar os animais. Em dezembro, porém, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) interditou o local. Foi então que os animais começaram a ser gradualmente abandonados. 

Em março, quando a equipe do Ibama voltou ao local, encontrou o zoológico e os animais em situação deplorável. Desde então, voluntários e a ONG Associação Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos, em Cotia (SP), vêm tentando ajudar a converter a situação, reabilitando os animais. O trabalho tem sido bem-sucedido. Recuperados, muitos foram doados e outros ainda serão. É o caso do casal de elefantes, tratado há mais de 30 dias por uma equipe do zoológico de São Paulo para onde serão levados assim que estiverem em condições. Por outro lado, há diversos animais ainda sem um abrigo definido, como bandos de macacos-prego e bugios.


Gabriela Breda, analista ambiental do Ibama, diz que não há espaço para os primatas nem mesmo no centro de triagem do local. Ela faz um apelo para que zoológicos, mantenedores e pessoas com licença ambiental recebam pelo menos um desses grupos. “Os animais não tem um custo muito elevado. Precisam de espaço, mas não demandam de um recinto caro”, diz. 

Sem o apelo e o apoio de parceiros, teria sido impossível para a equipe do Rancho dos Gnomos trabalhar no local. Desde a segunda quinzena de março, quando foram acionados pelo Ibama, a associação mantém um grupo na cidade. 

“Chegamos com um grupo de dez pessoas, com veterinários, biólogos e anestesista, e encontramos os animais apáticosdoentes. A situação era deplorável em termos de limpeza e falta de higiene”, diz Silvia Pompeu, cofundadora da associação. Imediatamente os animais passaram a receber atendimento veterinário enquanto os voluntários faziam um mutirão no local"


Além da fome e da desnutrição, havia animais amedrontados e deprimidos. Os felinos logo chamaram a atenção. “O que mais doeu foi o estado em que estava um dos tigres-de-bengala. O problema de nutrição era visível", explica Silvia. O animal passou por exames, porém não resistiu. “Outro tigre, irmão do que veio a óbito, aparentemente estava bem, mas constatamos que ele estava depressivo”, completa.
O animal segue em tratamento. Duas onças pardas foram levadas por um zoológico, que normalmente se interessa pelos animais mais raros, mas o filhote de uma delas foi deixado para trás. Assim que o encontraram, ele foi encaminhado para o santuário do Rancho dos Gnomos, em São Paulo. 

No zoológico, ainda há uma onça pintada e um leão soropositivo para Aids felina, pois se alimentava de gatos domésticos contaminados quando pertencia a um circo. Mesmo sadio, se ficar por ali, o animal pode sofrer eutanásia só por ser portador do vírus. Por isso, os voluntários desejam levar o animal para Cotia, onde há outros animais na mesma condição levando uma vida normal e submetidos a um tratamento adequado.

Todo esse esforço, é claro, tem o seu custo. A associação mantém equipes revezando-se no local, e é responsável por comprar alimentos e pela medicação dos animais, além da limpeza e de todo o manejo do zoológico. “Independente dos animais irem ou não para o rancho nós damos suporte. Recebemos pedidos do Brasil inteiro, mas não conseguimos fazer nada sozinhos, por isso contamos com as parcerias”, diz Silvia. 
fonte:www.globorural.com
O Ano do Porco

O Ano do Porco

Nos últimos meses, duas boas notícias esparramaram otimismo pelas granjas de suinocultura do Brasil, principalmente na região oeste de Santa Catarina: a habilitação pelos órgãos de defesa sanitária da China, em 2011, de sete frigoríficos nacionais, que já iniciaram o embarque de carne para o gigante asiático, e, mais recentemente, a abertura do mercado americano.

A China produz 51 milhões de toneladas anuais de carne suína e seu 1,3 bilhão de habitantes consome tudo isso, o que pode obrigar o país a importar 550.000 toneladas ao ano para complementar suas necessidades da proteína. Em 2012, o Brasil deverá embarcar 27,5 mil toneladas do produto para a China, com previsão de alcançar 165.000 toneladas em 2021.

A decisão chinesa estava ainda sendo comemorada quando, passados os festejos da virada do Ano-Novo, os suinocultores novamente colocaram espumante (da Serra Gaúcha) na geladeira. Motivo: a aprovação pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) de seis frigoríficos brasileiros, que agora estão habilitados a vender carne suína ao mercado dos EUA.

"No caso dos EUA, a curto prazo, o aval à carne suína brasileira tem mais valor simbólico que comercial. A China sim pode se tornar uma grande cliente das granjas brasileiras", avisa Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). "Mas a chancela dos EUA pode acelerar a liberação de três grandes mercados para o Brasil - Japão, Coreia e União Europeia (leia entrevista na página 22)."

"Os EUA são uma espécie de shopping do mundo. Eles nos concederam um salvo-conduto que vai facilitar a abertura em outras praças que reconhecem o serviço internacional de inspeção dos americanos", acrescenta Neivor Canton, vice-presidente da Cooperativa Aurora, de Chapecó (SC).

Canton acredita que o Brasil tem competitividade para exportar, por exemplo, bacon, costela e bisteca para os EUA. "Os americanos consomem muito mais bacon do que produzem," diz.

Editora Globo
Pioneiro: Elton Dumont, de 35 anos, terminou 1.200 animais segundo o modelo para exportação

Na tarde carrancuda de 14 de janeiro, uma verdadeira operação de guerra foi montada para transportar 1.200 porcos terminados na granja do produtor Elton Dumont, na cidade catarinense de São Carlos. Os animais foram levados para Chapecó, a 50 quilômetros dali, e abatidos em um frigorífico da Aurora. Todo o lote havia sido engordado segundo exigências da China e a expectativa da cooperativa era embarcar os cortes de carne já neste mês ou no próximo à Ásia.

São Carlos assistiu em silêncio à passagem do comboio de dez caminhões abarrotados. Cada um levava 120 suínos. Os animais, pacientemente acabados por Dumont, formavam o segundo plantel apto para ser abatido e exportado à China. Segundo o suinocultor, os animais passaram 115 dias sendo cevados em baias individuais e delas saíram pesando em média entre 115 e 118 quilos. Na entrada, os leitõezinhos pesavam em média 22,37 quilos.

Dumont informa que não existe diferença de porte nos critérios adotados para produzir o suíno modelo China e os preparados para o mercado interno e outros países. "O foco na sanidade, no manejo e na qualidade da carne é praxe aqui na granja. Os chineses proíbem, no entanto, o uso do aditivo ractopamina, cuja função é fortalecer o músculo dos animais, e nós o abolimos." Além disso, eles exigem que os animais sejam rastreados, tecnologia já colocada em prática pelos cooperados.
 
Confira a reportagem completa na revista Globo Rural.

Fonte: http://revistagloborural.globo.com/
Amazonas lança o seu "bacalhau tropical"

Amazonas lança o seu "bacalhau tropical"

Ele é grande, gorduroso, tem a carne escura e só nada nas águas mornas dos trópicos. Mas graças a uma iniciativa público-privada inédita, o pirarucu, um dos maiores peixes da Amazônia, chegará este ano à mesa dos brasileiros de outra forma: como bacalhau.

Essa, pelo menos, é a expectativa da comunidade ribeirinha da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá, responsável pela pesca controlada, do governo do Amazonas, que bancou o projeto, e do Grupo Pão de Açúcar, que terá exclusividade para a distribuição do produto no país.

O processo de produção já está em andamento. Por meio de um investimento de R$ 1,5 milhão, divididos entre o Estado e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), uma fábrica para a salga do pirarucu foi montada dentro da reserva, com capacidade de processamento de 1,5 mil toneladas de peixe por ano. Batizada de Agroindústria de Maraã, a planta foi entregue em agosto, emprega 80 operários locais e recebe peixes de exatos 1.001 pescadores. É um número nada desprezível no universo de oito mil habitantes em Mamirauá. E pode representar não só uma guinada na renda dessa parcela da população como dar sentido econômico para a preservação de uma área altamente biodiversa da Amazônia.

"A nossa primeira meta é vender para o Pão de Açúcar. A segunda é vender o nosso bacalhau para os noruegueses"

"Esse projeto corresponde a uma política de sustentabilidade real e não ficcional", diz Eron Bezerra, da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) e entusiasta do projeto. "É um passo importante para a verticalização da produção regional do Amazonas - ainda muito dependente da Zona Franca de Manaus. Fizemos a primeira fábrica de bacalhau da América do Sul. É uma experiência distinta de tudo o que se fez até hoje. Não podemos errar".

Mas pirarucu pode ser vendido como bacalhau? "Não existe um peixe chamado bacalhau. Ele é o resultado de uma metodologia de processamento de salga", explica a veterinária Meg Felippe, especialista no assunto dentro do Pão de Açúcar. A literatura mostra que tradicionalmente cinco espécies são "transformadas" para esse fim. São peixes de águas profundas e frias - por isso os mais famosos exemplares saem da Noruega e de Portugal.

Entendedores dizem ser possível distinguir uma espécie de outra até na bandeja - filés mais carnudos, mais ou menos escuros, fibrosos. O pirarucu, assim, viria para engrossar esse caldo. "É uma tentativa de tropicalização do bacalhau", afirma Meg.

"A nossa primeira meta é vender para o Pão de Açúcar. A segunda é vender aos noruegueses", diz, provocativo, Bezerra.

No ano passado, o pirarucu foi processado e distribuído, sob a marca "Bacalhau da Amazônia", apenas para o mercado local. Chegaram à fábrica 5.865 peixes - cerca de 130 toneladas. Por serem manejados, o Ibama fica responsável pela determinação de uma cota anual de pesca, que se baseia na evolução da população de pirarucus. Só é permitido retirar 30% dos adultos contados no levantamento feito todos os anos de estoque de peixes, para que não se corra o risco de sobrepesca. É considerado adulto exemplares com no mínimo 1,5 metro.

A prova de fogo será nesta Páscoa, quando o primeiro bacalhau brasileiro será direcionado para os mercados consumidores do Sul e Sudeste. A princípio, o mesmo volume de peixe de 2011 está sendo considerado para este ano.

"É um projeto de sustentabilidade fascinante", diz Paulo Pompilho, diretor de Relações Institucionais do Pão de Açúcar. Nos últimos meses, o executivo viajou diversas vezes à Mamirauá para acertar detalhes do negócio e orientar à comunidade sobre como atingir os padrões de qualidade exigidos pelo grupo. Ele conta que a salga do pirarucu ocorre há muito tempo. Por tradição, quando o peixe começava a estragar, os ribeirinhos o salgavam para estender o prazo de consumo da carne. "O desafio foi fazer entender que o processo de salga deveria ser o contrário, com o peixe fresco". A expectativa do Pão de Açúcar - que vende mais de cinco mil toneladas de bacalhau importado a cada ano - é que o bacalhau amazonense abocanhe pelo menos 5% desse mercado.

A pesca representa 65% da renda dessas comunidades. O elo dessa cadeia que começa com o manejo correto e passa pela fábrica local, se estende pela garantia de compra total do produto pelo governo do Amazonas e encerra com a garantia de compra e distribuição do Pão de Açúcar. A Sepror subiu o pagamento do quilo de pirarucu, vendido antes a R$ 3,50, para R$ 5,50. De acordo com Bezerra, o lucro da venda para o grupo varejista será integralmente revertido para Mamirauá.

Para 2012, uma segunda fábrica de processamento da bacalhau está prevista no município de Fonte Boa, também dentro da reserva, o que deve elevar a capacidade instalada total para 5 mil toneladas de bacalhau por ano.

Ana Cláudia Torres, técnica em manejo de pesca do Instituto Mamirauá, acredita que o atrativo dessas iniciativas é também uma oportunidade de provocar a migração para a legalidade nesse mercado. O pirarucu é uma presa relativamente fácil porque se locomove pouco e sobe à superfície para respirar, tirando praticamente todo o dorso para fora da água. Ela estima que ao menos quatro toneladas vendidas por mês são resultado de pesca ilegal.

O manejo do pirarucu é feito entre outubro e novembro. De 1 de dezembro a 31 de maio é decretado o período de defeso, e os meses restantes são de espera do aval do Ibama. Por esse motivo, o governo estadual já estuda criar novos projetos para dar sustentação à fábrica. "Já que não temos matéria-prima para todo o ano, vamos processar outros tipos de peixes de menor valor agregado", afirma Bezerra. Entre as possibilidades estão o surubim, o pintado, o jaraqui e o piramutaba, todos típicos exemplares da região.

Autora: Bettina Barros. Fonte: Valor Economico

21st Working Meeting of the IUCN-SSC Crocodile Specialist Group

The 21st Working Meeting of the IUCN-SSC Crocodile Specialist Group will be held from 22-25 May 2012 at the facilities of the National Museum of the Philippines, Manila, Philippines. The meeting will be preceded by a CSG steering Committee meeting on 21 May 2012. The hosts, organizers and CSG invite members, crocodilian biologists and all interested individuals to take part in the meeting. CSG Working Meetings take place every two years and provide the principal forum for the presentation and discussion of issues surrounding crocodilian research, management and conservation. 



Controle de Doenças - Cinomose

Controle de Doenças - Cinomose

Cinomose

A Cinomose é uma doença viral grave e altamente contagiosa, que afeta cães de qualquer raça ou idade e outros canídeos silvestres (lobos, raposas, chacais, etc.), frequentemente os levando à morte. É considerada a maior ameaça à saúde dos cães depois da raiva e pode ser transmitida através de secreções nasais, saliva, fezes, e urina de animais infectados.

É uma enfermidade complexa e muito difícil de ser curada, pois não existem medicamentos específicos para combater o vírus, havendo, somente, tratamento sintomático (para aliviar os sintomas) e de suporte.
Assim, se um animal doente espirrar, pode contaminar o ambiente e outros cães que estiverem por perto. Os seres humanos também podem carregar o vírus em suas roupas e objetos até um animal sadio. Outra forma comum de contaminação é por meio de potes de alimentação e água, caixas para transporte, ou quando se entra em contato com materiais contaminados por um cachorro doente.

Quais os principais sintomas da Cinomose?

O período de incubação do vírus (que é o tempo entre a entrada do vírus no corpo e a manifestação dos sintomas da doença) pode ser de três a seis dias, podendo se estender em até 15 dias. Após esse período, pode haver os seguintes sintomas:
  • febre
  • corrimento nasal e nos olhos
  • perda de apetite
  • diarréia e vômito
  • tosse, rouquidão, e espirros
  • apatia
  • mioclonias (“tiques nervosos”)
  • convulsões
  • falta de coordenação
  • paralisias
Os primeiros sintomas são geralmente gastrointestinais (diarréias, vômitos, falta de apetite). Depois, o sistema respiratório e ocular é comprometido (com tosses, secreções nasais e oculares), e, por fim, a doença atinge o sistema nervoso do cão, com mioclonias (tiques nervosos constantes em membros ou cabeça), alteração de comportamento, convulsões, paralisias, podendo evoluir até a morte.

Alguns animais podem desenvolver um tipo de sintoma de cada vez, como também podem apresentar todos juntos. Há animais que morrem apresentando só uma das fases da doença, ou sobrevivem desenvolvendo todas as etapas.

Como prevenir a Cinomose?

Acesse o site www.cinomose.com.br

O melhor remédio é a prevenção da doença através da vacinação anual. Infelizmente, no Brasil, apenas um a cada cinco cães recebem a vacina contra Cinomose com regularidade. Como não há vacinação pública como a antirrábica, por exemplo, os donos precisam levar seu animal ao veterinário, e muitas pessoas ainda não sabem disso.

Portanto, não deixe de vacinar o seu animal uma vez por ano contra a Cinomose, e evite assim o sofrimento do seu cão e de outros com os quais ele tenha contato. Mas atenção: os veterinários desaconselham a vacinação em animais que já estão infectados com a Cinomose. A vacina não é capaz de deter a doença e pode piorar o quadro, já que exigirá forças de um sistema imunológico que já está comprometido pela doença.

Conheça a Campanha “Cinomose Aqui Não!” – Uma parceria da WSPA com a Merial Saúde Animal na qual você previne o seu cão de contrair a Cinomose e ainda ajuda a evitar a doença em milhares de animais carentes. >>

O que fazer se o meu cão apresentar os sintomas?

Se, após observar os sintomas, suspeitar que o seu cão esteja com Cinomose, procure o mais rápido possível um médico veterinário, que deve submetê-lo a um exame laboratorial. Confirmado o diagnóstico, o veterinário deverá prescrever um tratamento de suporte. Infelizmente, muitas vezes este tratamento não consegue curá-lo, uma vez que não há medicamento específico para combater o vírus da Cinomose.

Como é o tratamento da Cinomose?

O cão com cinomose precisa também do apoio do dono para se recuperar dessa grave doença.

Diagnosticada a doença, o cão deverá ser isolado para início imediato do tratamento, pois, quanto mais cedo se inicia o tratamento, maiores as chances de sucesso. Este tratamento de suporte começa com a prescrição de antibióticos que auxiliam no combate a infecções secundárias.

O veterinário deve indicar ainda um tratamento de apoio para reduzir o sofrimento decorrente dos sintomas da Cinomose, como o uso de medicamentos anticonvulsivos e sedativos para o controle de ataques, remédios para diarréia e vômito, vitaminas e reposição de líquidos perdidos durante a doença e uma dieta leve, além da recomendação de um ambiente limpo e temperatura agradável. Isso tudo deve vir acompanhado do seu carinho e companheirismo, o que é fundamental para que o seu animal tenha forças para se recuperar.

Porém, se a Cinomose evoluir para os estágios finais sem que o cachorro receba tratamento, pode haver danos neurológicos difíceis de tratar, o que muitas vezes culmina na recomendação do sacrifício do animal por parte do veterinário. Além disso, mesmo o cão em tratamento pode continuar a espalhar o vírus por semanas mesmo após o desaparecimento dos sintomas.

Fonte: www.wspabrasil.org