O treinamento será realizado
em Apuí e será o primeiro protótipo, para se investir na capacitação em
outros municípios do Amazonas.
O Instituto de Proteção Ambiental do
Amazonas (Ipaam) em parceria com Instituto de Projetos e Pesquisas
Socioambientais (Ipesa), Instituto de Conservação e Desenvolvimento
Sustentável do Amazonas (Idesam), WWF-Brasil, Cooperação Internacional
(GIZ) e Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal
Sustentável do Amazonas (Idam), dará o primeiro passo na melhoria de
identificação de espécies vegetais, pois realizará de 13 a 20 de
janeiro, no município de Apuí (a 453 quilômetros de Manaus), o primeiro
curso de “Identificação Botânica”, para 15 participantes entre mateiros,
identificadores botânicos e representantes de ONGs.
A proposta do curso é qualificar os
mateiros da região para identificação das espécies florestais de
interesses comerciais, para contribuir nos inventários de planos de
manejo, além de auxiliar no correto manuseio das espécies evitando a
extinção das plantas.
Segundo o presidente do IPAAM, Antonio
Ademir Stroski, o curso se constitui em uma das primeiras iniciativas do
Instituto no ano de 2014, visando elevar a qualificação dos técnicos e
demais pessoas que atuam na elaboração de estudos, e planos sobre os
quais nós fazemos a análise para concessão do licenciamento ambiental.
“Esse é mais um esforço de equipe de
governo, para auxiliar os empreendedores a aumentar a oferta de produtos
madeireiros de forma legal, no intuito de abastecer o mercado local e
de outros Estados”, destaca Stroski.
A capacitação será ministrada pelo
assessor de controle ambiental e coordenador do curso Everaldo da Costa
Pereira, em parceria com assessor ambiental João Ricardo Lacerda ambos
do Grupo Estratégico de Combate a Crimes Ambientais (Gecam), com apoio
dos analistas ambientais da Gerência de Controle Florestal (GEFC),
Reynaldo Miranda e Aline Britto.
Dentre as temáticas a serem abordadas no
treinamento estão: Morfologia Básica das Plantas; Coleta; Secagem e
Caracteres Vegetativos (raízes, folhas, troncos, e etc.). As aulas serão
divididas em conteúdos teóricos e práticos com maior ênfase em campo
(prática).
“Os alunos serão divididos em grupos de
cinco integrantes, sendo que serão colhidas informações dentro do plano
de manejo, que logo serão analisadas para verificar se falta algum
ajuste, e mediante a vistoria retornarão a campo”, pontua Everaldo
Costa.
As aulas terão duração de 8 horas e a
parte prática será pelo turno da manhã, e pela tarde será feita a
análise do material coletado mediante a explicação da equipe técnica. O
conteúdo didático será desenvolvido pelo próprio IPAAM com distribuição
gratuita para os alunos.
De acordo com coordenador o curso é mais
voltado à prática, pois irá verificar se os participantes estão
aplicando as atividades de campo conforme explicado nas aulas teóricas,
certificando se os alunos identificam e colhem corretamente a vegetação,
conforme manda o plano de manejo.
Para Everaldo Costa, o curso contribui
para que as plantas de interesse comercial não corram riscos de
extinção, devido à identificação errada. Portanto, quando se tem uma
identificação correta, o mateiro sabe o que está coletando e fazendo com
aquela determinada espécie de vegetação, pois terá um grande
aprendizado do reino vegetal em relação à extração de madeira e outros
assuntos.
Diversidade
A planta de uma única espécie recebe
diferentes nomes vulgares de acordo com cada região. Essa diversidade de
nomenclaturas é preocupante, pois leva a extinção de muitas espécies
vegetais, uma vez que, muitos erros são cometidos na colheita e manuseio
no meio natural em que se encontram.
“Os alunos aprenderão a identificar
espécies que estão presentes no meio natural, haja vista, que isso é um
fator crucial, pois cada região estabelece nome vulgar diferente para
mesma espécie”, disse o coordenador que também pretende unificar alguns
nomes vulgares dos vegetais por um único nome. “Como há essa variedade
de nomes, para uma única espécie dependendo da localidade. Eu quero
tentar unificar alguns vegetais, com o nome de maior abrangência de
conhecimento, mesmo que seja um nome vulgar, como são geralmente
conhecidas em diferentes localidades. No intuito de evitar o desperdício
de colher uma espécie errada, e de forma incorreta”.
Capacitação no interior
Segundo a equipe de capacitação do curso
de identificação botânica, em Apuí onde o curso será oferecido pela
primeira vez pelo Instituto, a temática será um protótipo para que os
demais municípios, e distritos do Estado recebam o treinamento de
identificação botânica.
Vale ressaltar, que os futuros
municípios que poderão ser agraciados com a capacitação serão: Novo
Aripuanã (a 228 quilômetros de Manaus), distrito de Santo Antônio do
Matupi localizado no quilômetro 180 da rodovia Transamazônica, no
município de Manicoré (a 333 quilômetros de Manaus) e Humaitá (a 591
quilômetros de Manaus).
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