Especialistas discutem soluções para impedir a entrada do PEDv no Brasil.

Reconhecido como uma das enfermidades mais desafiadoras para o setor, o Vírus da Diarreia Epidêmica dos Suínos (PEDv) não vem apenas provocando impacto na produtividade do continente americano, mas também está modificando o comportamento do mercado de suinocultura no mundo. Para atualizar os profissionais brasileiros sobre a doença emergente, o VII Simpósio Brasil Sul de Suinocultura escolheu o tema como painel de abertura do evento, entre os dias 5 a 7 de agosto, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes, em Chapecó, SC.

O SBSS vai reunir mais de mil veterinários, zootecnistas e profissionais no coração da produção e exportação do país. Realizado pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas, o VII SBSS terá programação técnica focada nas demandas das agroindústrias e temais pontuais, com a participação de profissionais que são referência no setor.

Entre os palestrantes do SBSS está o pesquisador Amauri Alfieri, que abordará a “Etiologia do PEDv”, o sanitarista Daniel Linhares, que discute sobre a “Origem, formas de disseminação regional e medidas de prevenção e controle”, e Janice Zanella, da Embrapa, que encerra o debate com os “Risco Brasil, recados finais”,  sobre as ações que devem ser adotadas para impedir a entrada e propagação no Brasil.

O risco eminente deixa o país em alerta. Conforme Janice, a doença não foi diagnosticada no Brasil, mas o setor tem buscado se organizar e já formou um comitê para discutir prevenção, diagnóstico e um plano de contenção.
“O comitê está realizando recomendações ao produtor, com foco na educação sanitária. As recomendações se resumem na melhoria da biossegurança – desinfecção, visitas, fluxo de veículos - e evitar animais, insumos e ingredientes importados – buscando informações de procedência com os fornecedores”, alerta.

As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site www.nucleovet.com.br , com preço especial para quem comprar com antecedência. Profissionais e estudante pagam R$ 290 e R$200, respectivamente, até o dia 11 de julho. Durante o evento, os valores passam para R$ 370 e R$ 260. Universidades com mais de vinte estudantes terão valor diferenciado.

Programação qualificada e VI PIG FAIR

Temas relacionados à perda de competitividade da agroindústria brasileira, a restrição ao uso de antibióticos e sanidade animal também serão debatidos nos três dias.
Na quarta-feira, Celso Cappellaro, gerente de operações da Aurora, aborda a "Logística e seu impacto na suinocultura brasileira", seguido pelo tema "Inseminação Artificial Intrauterina", com o pesquisador e professor da UNOESC, Paulo Benemann. "Fatores que influenciam a qualidade do sêmen de reprodutores suínos" será apresentado por Daiane Donin, da UFPR Palotina, "Estresse oxidativo em fêmeas suínas hiperprolíficas", pelo PhD e especialista em nutrição animal, Alysson Saraiva, da UFV, e "Antibióticoterapia na suinocultura: você usa de forma correta?", pelo especialista em sanidade animal Dr.Everson Zotti.  O segundo dia encerra com a palestra sobre “Aditivos Alternativos e restrição à utilização de antibióticos na suinocultura”, com o médico veterinário Dr. Christophe Paulus.

No último dia do evento, o Dr. Geraldo Alberton, da UFPR, fala sobre o "Impacto das perdas econômicas por problemas locomotores em matrizes" e o médico veterinário Vinícius Espeschit de Morais apresenta o "Custo da reposição de plantel, formas de minimizar as perdas". O médico veterinário PhD em epidemiologia, Eduardo Fano, encerra a programação com "Cadeia de Infecção", e o especialista em sanidade suína Marcelo Almeida com "Complexo Respiratório".
Paralelo às palestras, será realizada a V PIG FAIR, feira de produtos e serviços para a suinocultura com participação de empresas brasileiras e multinacionais que trazem soluções e tecnologias em equipamentos, diagnóstico, sanidade, nutrição e manejo.


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