Algumas Definições

 Animais de estimação:
Todos aqueles animais pertencentes as espécies da fauna silvestre, exótica, doméstica ou domesticada mantidos em cativeiro pelo homem para entretenimento próprio, sem propósito de abate e reprodução.
Exemplos: cachorros, gatos, coelhos, ferrets, hamsters, canários, periquitos, papagaios, entre outros.
Animais domésticos:
Todos aqueles animais pertencentes as espécies que originalmente possuíam populações em vida livre e que acompanharam a evolução e o deslocamento da espécie humana pelo planeta e que por ela foram melhorados do ponto de vista genético e zootécnico ao ponto de viverem em estreita dependência ou interação com comunidades ou populações humanas. Os espécimes ou populações silvestres dessas espécies podem ainda permanecer em vida livre.
 
Exemplos: gatos, cachorros, cavalos, bois, búfalos, porcos, galinhas, patos, marrecos, pombos, perus, avestruzes, codornas-chinesa, perdizes-chucar, canários-belga, periquitos–australiano, abelhas-européia, minhocas, escargots, manons, mandarins, entre outros.
Poderão ser controlados sob a supervisão do IBAMA, caso seja verificado que, quando em vida livre, podem causar danos à fauna silvestre e ao ecossistemas. O controle se dará através das Secretarias e Delegacias vinculados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou Secretarias Estaduais e Municipais de Agricultura e as Gerências de Controle de Zoonoses, vinculadas ao Ministério da Saúde ou Secretarias Estaduais da Saúde.
Animais domesticados:
Todos aqueles animais pertencentes às espécies silvestres ou exóticos, procedentes da natureza ou de cativeiro e que ainda não foram suficientemente melhorados zootecnicamente ou geneticamente e que vivem sob a dependência do homem para o fornecimento de alimento, água, segurança e abrigo.
As populações silvestres que deram origem aos espécimes ainda permanecem em condições estáveis de sobrevivência na natureza.
 
                                                                      Foto: queixada (Tayassu tajacu) em cativeiro
Animais exóticos:
Todos aqueles animais pertencentes às espécies cuja distribuição geográfica não inclui o território brasileiro e que foram nele introduzidas pelo homem, inclusive as espécies domésticas, em estado asselvajado. Também são considerados exóticas as espécies que tenham sido introduzidas fora das fronteiras brasileiras e suas águas juridicionais e que tenham entrado espontaneamente em território brasileiro.
Exemplos: leões, zebras, elefantes, ursos, ferrets, lebres-européia, javalis, crocodilos-do-nilo, najas, pitons, esquilos-da-mongólia, tartatugas-japonesa, tartarugas-mordedora, tartarugas-tigre-d'água, cacatuas, araras-da-patagônia, escorpiões-do-Nilo, entre outros.
Animais peçonhentos:
Todos aqueles animais pertencentes a fauna silvestre ou exótica que, além de possuir algum tipo de veneno, possui estruturas perfurantes como espinhos, dentes ou ferrões capazes de inoculá-lo em animais ou no homem.
Exemplos: cobras, aranhas, escorpiões e lacraias
Animais silvestres:
Todos aqueles animais pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou em águas jurisdicionais brasileiras.
Ampliando a abrangência de proteção conferida à fauna silvestre, inclui-se também a proteção os seus ninhos, abrigos e criadouros naturais, considerados propriedade do Estado. Para os fins operacionais, excetuam-se dessa definição os peixes, crustáceos e moluscos susceptíveis a pesca e que são regidos por normas específicas.
Exemplos: micos, morcegos, quatis, onças, tamanduás, ema, papagaios, araras, canários-da-terra, ticos-tico, galos-da-campina, teiús, jibóias, jacarés, jabutis, tartarugas-da-amazônia, abelhas sem ferrão, vespas, borboletas, aranhas, entre outros.
 Animais venenosos:
Todos aqueles animais pertencentes a fauna silvestre ou a fauna exótica que possui algum tipo de substância tóxica (veneno) para outros animais, inclusive para o homem.
 Exemplos: sapos, lagartas-de-fogo, arraias.
Criação:
 O ato de, em condições controladas de cativeiro, favorecer a reprodução de espécimes pertencentes à fauna silvestre e exótica, originários da natureza ou de cativeiro.
Espécies-praga:
Todos aqueles animais, silvestres, exóticos ou domésticos considerados pelo Poder Público como danosos ou nocivos à agricultura pecuária, saúde pública, ambiente ou às populações silvestres e que podem, quando em desequilíbrio populacional, causar algum tipo de transtorno ou prejuízo de ordem econômica, sanitária ou ambiental.
 
                                                                        Foto: Pomba amargosa (Rádio USP)
Espécie exótica invasora:
São todas aquelas espécies animais exóticas ou domésticas que, quando presentes em ambiente natural, podem se estabelecer como populações viáveis com capacidade de dispersão e que podem causar danos e/ou prejuízos à economia, ao ambiente, à saúde pública e/ou às espécies autóctones.
 
                                                                                    Foto: Javali (Sus Scrofa)
Manejo de fauna em cativeiro:
 Ação planejada, programada, sistematizada, controlada e monitorada visando a criação de animais silvestres ou exóticos em cativeiro, conhecido como farming.
O manejo também pode conciliar a reprodução dos espécimes na natureza e a sua recria em sistemas controlados, desde que envolva uma fase de terminação dos animais sob o regime de cativeiro, conhecido como ranching.
 
Manutenção em cativeiro:
O ato de, em condições controladas, manter espécies silvestres ou exóticas em cativeiro, sem o propósito de reprodução.
 
                                                                                                  Foto: Suçuarana
Recria:
O ato de, em condições controladas de cativeiro, favorecer o crescimento, a engorda e a terminação de espécimes da fauna silvestre e exótica, originários da natureza ou de cativeiro.
 
                                                            Foto: Javalinas e seus javardos em cativeiro comercial
 
 Fonte:  www.faunabrasil.com.br
 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

17th International Crongress on Animal Reproduction

Dear Colleagues,

On behalf of the Local Organizing Committee, I cordially invite you to the 17th International Congress on Animal Reproduction (ICAR) to be held in Vancouver, British Columbia, Canada on July 29 - Aug. 2, 2012. 

Canada is a country in which we enjoy the advantages of large cosmopolitan urban amenities as well as vast expanses of sparsely populated agricultural land and unspoiled natural regions. Vancouver, British Columbia offers the best of both!





Vancouver, a major port on the northern Pacific Rim, is one of Canada’s largest and most vibrant cities with excellent access from anywhere in the world.

Tourism is an important part of the local economy (see Tourism British Columbia video to the right), and Vancouver has hosted some of the world’s largest and most prestigious events, including the 2010 Winter Olympic Games.

Canada has never hosted ICAR, and we are excited about bringing our Scientific Olympics to Vancouver in 2012.



Acesse e confira informações sobre inscrição, cidade sede, hospedagem, programação do evento e organizadores.

Clonagem de Ovelhas

Em fevereiro de 1997, o escocês Ian Wilmut, um brilhante embriologista de 52 anos, anunciou a primeira clonagem de um animal adulto, uma ovelha. Todo mundo só falou disso, mas explicar que é bom, quase ninguém explicou. Agora você vai entender tudo direitinho. Por Flávio Dieguez A notícia da façanha de Wilmut foi uma bomba, uma unanimidade, uma festa e tanto. Bem, comecemos pelo verbo "clonar", que por sinal ainda não faz parte do Aurélio. Esse neologismo genético significa fazer cópia, artificialmente, de um ser vivo. Aliás, "clonar", em si, nem é uma novidade. 

Cientistas do mundo inteiro andam "clonando" por aí há quase vinte anos. Desde 1978, vários tipos de animais são copiados e, se não fosse proibido, já teriam sido anunciados os clones de gente. Mas antes as cópias eram obtidas a partir de embriões e embriões, você sabe, são aqueles pequenos ovos gerados a partir do encontro de um óvulo com um espermatozóide. Portanto, a técnica de clonagem partia da multiplicação forçada de embriões.  

Reproduziam-se num tubo de ensaio diversos embriões de uma matriz, que depois eram colocados nos úteros de várias fêmeas. O que Wilmut conseguiu de extraordinário foi quebrar dois tabus. Primeiro, eliminou de seu clone a necessidade do encontro de um espermatozóide com um óvulo até aqui indispensável para formar o embrião. Wilmut produziu sua criatura usando um óvulo virgem, que nunca havia sido fecundado. Para isso, retirou desse óvulo o seu núcleo original e pôs no lugar os genes de uma célula comum de outra ovelha. Esta é que foi "clonada". Da que era dona do óvulo, coitada, nada restou no filhote. Aí, veio o segundo e mais espetacular tabu: o cientista escocês fez um embrião com os genes de uma célula comum, ou melhor, especializada. Essa célula especializada veio de uma glândulas. 

A evolução passa pelo sexo há cerca de 500 milhões de anos. E ela fica melhor assim. Havendo espermatozóides e óvulos trocando cargas genéticas, as possiblidades de nascerem indivíduos diferentes é maior, pois os genes do pai se misturam aos da mãe num organismo novo. O que é bom: mais indivíduos diferentes significa mais chance de evolução. Se todos fossem como as bananeiras, os filhotes seriam sempre idênticos aos pais, geração após geração, e a evolução seria muito lenta, causada só por uma ou outra mutação dos genes. 




Nas espécies que se reproduzem por óvulos e espermatozóides, que são a maioria, a natureza criou uma sábia proibição: nenhuma outra célula do corpo está autorizada a participar da reprodução. Só as células sexuais cuidam disso. Foi aí que Wilmut anunciou um revertério assustador, derrubando a velha lei. Ele conseguiu desprogramar uma célula especializada e fazer com que seu núcleo, levado para dentro de um óvulo, virasse um embrião. "Com isso, ganhamos uma capacidade reprodutiva que é típica das plantas", explica o professor Otto Crócomo, da USP, um dos maiores especialistas em clones de vegetais no Brasil. Como é uma máquina complexa, o organismo só funciona direito se cada parte tiver função bem definida e se todas as partes estiverem bem coordenadas. É por isso que as células se especializam durante a gestação.  

Umas virarão olho, outras fígado etc. Mas, mesmo especializadas, todas as células têm os mesmos genes. Logo, o que Wilmut precisava fazer, era apagar as instruções inscritas nos genes da célula tirada da ovelha adulta, a que seria a mãe de Dolly. Essa célula só sabia ser mama, mas o escocês deu a ela a ordem de ser embrião. Como? É o que você vai ver a seguir. O que eu vou ser quando crescer? Veja como as células se especializam, aprendem a executar uma tarefa específica e usam apenas alguns dos seus genes. 

Como embrião, a célula ainda não sabe o que vai ser quando crescer. Sua carga genética, o DNA dentro do núcleo, está livre para assumir qualquer função. O embrião cresce porque as células se multiplicam. Aí elas começam a desligar os genes de que não vão mais precisar Uma célula da mama só usa os genes que interessam à sua função, como o que manda fazer uma das muitas proteína do leite. No final, só ficam ligados os genes que cada célula especializada usa em sua função dentro do organismo. Como tapear uma célula de ovelha Para realizar o sonho impossível de fazer de sua célula especializada um embrião, Ian Wilmut apostou num palpite sensacional: a fome. É um palpite que ainda não está inteiramente comprovado mas, ao menos em teoria, é fabuloso. Vamos a ele. Primeiro, submeteu a célula a uma dieta de sais comuns, como cloreto de cálcio e sulfato de magnésio, o equivalente a um chá com torradas. Com isso, o núcleo teve que reduzir suas atividades a quase zero, entrando num estado letárgico que os embriologistas chamam de quiescente. Nesse estado, a célula interrompe o seu ciclo de crescimento normal.

O truque fez essa quiescência acontecer quando a célula ainda era bem jovem. Essa é a fase G-Zero, muito breve. É o único instante em que os genes, dentro do núcleo, descansam e param de distribuir as ordens de crescimento e multiplicação para a célula. Nessa fase, as operações ficam a cargo de proteínas especiais do citoplasma. A função dessas proteínas é justamente entrar no núcleo e preparar os genes para o início de um novo ciclo de crescimento e reprodução. Nesse instante preciso, transferindo esse núcleo para um óvulo cujo núcleo havia sido retirado, o cientista deu início a um grande logro. Sem essa tapeação, a experiência iria fracassar. Lembre-se de que óvulos e espermatozóides só têm metade do material genético de uma célula normal.  

Eles só formam um embrião quando se fundem, somando suas duas metades. Assim formam o embrião. Pois ao receber um núcleo novo, que contém o material genético completo, o citoplasma daquele óvulo vai cair numa ilusão biológica (imagine, só para entender o truque, que os óvulos caiam em ilusões). Então, o citoplasma vai atuar como se o núcleo já fosse um embrião. Suas proteínas, entram lá dentro e reprogramam os genes totalmente, disparando o início do crescimento e da multiplicação celular. Ou seja, o genes também serão cúmplices da ilusão. Em vez de autorizar um crescimento de novas células de mama, o que seria natural, assumem sem problema o papel de embrião. E tem início uma multiplicação celular para formar uma ovelha novinha. "As proteínas do citoplasma realmente podem ter reprogramado os genes", confirmou à SUPER o embriologista Colin Stewart, do Centro Frederick de Desenvolvimento e Pesquisa do Câncer. Claro que a experiência ainda requer comprovações. Mas, desde já, o embriologista escocês abriu novas portas para a Biologia. O segredo de Wilmut Veja como o cientista construiu um embrião simplesmente obrigando uma célula especializada a passar fome.
A história começa com a célula da mama que ia virar um clone. Antes disso, foi preciso interromper o seu ciclo normal de reprodução. Acompanhe a experiência

1. A célula começa o ciclo bem jovem. Apesar de ser um bom momento para clonar, todas as tentativas até hoje deram errado.

2. Na segunda fase do ciclo, a célula fica pronta para dividir-se em duas. As clonagens a partir daqui também não funcionaram.

3. Terceira fase. A divisão já vai acontecer e dar origem a uma outra célula da mama. As chances de clonagem são mínimas Veio então o grande lance.

A célula jovem recebeu uma dieta bem magra de sais, que são o que ela come. O seu núcleo (azul) foi acomodado dentro de um óvulo (verde) tirado de uma outra ovelha A fome foi a chave do sucesso, por um motivo muito simples: ela fez o núcleo da célula interromper o seu ciclo e ficar num estado letárgico. E aí, ao ser colocado no óvulo, deixou de lado as instruções para produzir outra célula de mama. Em vez disso, passou a agir como um embrião e gerou uma nova ovelha, a Dolly. 

Fonte: col1107.vilabol.uol.com.br

Criação de Animais Silvestres

Pois bem: você decidiu ter um animal silvestre como animal de estimação. Saiba porém que ter um animal silvestre em casa requer grande responsabilidade: respeito as características comportamentais do animal, cuidados com a sua alimentação, prevenção e tratamento de doenças, fornecimento de abrigo, alimentação e segurança adequados e respeito as leis vigentes.

Se você pudesse escolher, o que escolheria: comprar um animal silvestre procedente do tráfico na beira da estrada, em uma feira livre ou em um depósito clandestino, sem saber sua origem ou o quanto ele sofreu até chegar a você ou comprar o mesmo animal, nascido em cativeiro autorizado pelo Ibama, cercado de todos os cuidados veterinários e que já viesse marcado, sexado, com nota fiscal e de forma legal, conforme estabelece as normas do IBAMA?

Se você escolheu a segunda opção voce está demonstrando ser consciente, um cidadão cumpridor das leis! 

E foi pensando nisso; no desejo que diversas pessoas têm em possuir um animal de estimação de forma legal e ainda na diminuição do tráfico de animais silvestres, que o IBAMA, a partir de 1993, publicou diversas portarias e instruções normativas, com o intuito de ordenar a criação de animais silvestres em cativeiro: nasciam assim os chamados criadouros de animais silvestres.

A existência desses criadouros é previsto na Lei de Proteção a Fauna- Lei nº 5197/67, na Lei de Crimes Ambientais - Lei nº 9605/98 e no Decreto que regulamentou essa Lei, o Decreto nº 3179/99.

Os instrumentos legais que regulamentam o registro e funcionamento dos criadouros de animais silvestres, nas mais varias modalidades, além do comércio de animais nascidos nos criadouros comerciais são os seguintes:

Portaria n. 139/93: Criadouros Conservacionistas. Estes criadouros têm por objetivo apoiar as ações do IBAMA e dos demais órgãos ambientais envolvidos na conservação das espécies, auxiliando a manutenção de animais silvestres em condições adequadas de cativeiro e dando subsídios no desenvolvimento de estudos sobre sua biologia e reprodução. Nesta categoria, os animais não podem ser vendidos ou doados, apenas intercambiados com outros criadouros e zoológicos para fins de reprodução.

Portaria n.118/97: Criadouros Comerciais. Têm por objetivo, a produção das espécies para fins de comercio, seja do próprio animal ou de seus produtos e subprodutos.

Portaria n.102/98: Criadouros Comerciais da Fauna Exótica. Regulamenta a criação de animais exóticos, ou seja, animais provenientes de outros países. Ex: javalis

Portaria n.016/94: Criadouros Científicos. Regulamenta as atividades de pesquisas científicas com animais silvestres. Só podem obter esse registro, Órgãos ou Instituições devidamente reconhecidas pelo Poder Público, como Universidades e Centros de Pesquisa, por exemplo.

Portaria n.117/97: Normatiza a comercialização de animais vivos, abatidos, partes e produtos da fauna silvestre brasileira provenientes de criadouros com finalidade econômica e industrial e, em caráter excepcional, de jardins zoológicos registrados junto ao IBAMA.

Instrução Normativa n.003/99: Estabelece os critérios para o Licenciamento Ambiental de empreendimentos e atividades que envolvam manejo da fauna silvestre exótica e de fauna silvestre brasileira em cativeiro.

Fonte: IBAMA



Formação de Plantel de Matrizes e Reprodutores de Pirarucu

A criação do pirarucu é boa alternativa para a piscicultura regional, uma vez que esse peixe apresenta extraordinário desenvolvimento ponderal, chegando a alcançar em torno de 10kg com apenas um ano de cultivo, e alta rusticidade em ambientes tropicais.

Mesmo sendo considerado uma espécie importante para a piscicultura, tanto na produção de alimentos, quanto na proteção, com o repovoamento dos estoques naturais, os conhecimentos sobre a fisiologia reprodutiva do pirarucu ainda são muito escassos. O comportamento reprodutivo é bastante complexo, e envolve a formação de casais monogâmicos, construção de ninhos pelos animais e cuidado parental com ninho e a prole.


Em cativeiro, a espécie tem apresentado dificuldades na produção de alevinos, em razão do tempo da primeira maturação sexual, que só ocorre a partir do quinto ano de idade, com peso em torno de 40kg à 45kg. O período de procriação do pirarucu, na Amazônia oriental, é iniciado por ocasião das primeiras chuvas, entre os meses de janeiro e maio, em locais de pouca profundidade.

A necessidade de prdução de alevinos de pirarucu para atender os viveiros de engorda, e também, as coleções naturais de água, vem crescendo ultimamente. Apesar do potencial de cultivo da espécie, a escassez de alevinos oriundos da reprodução em cativeiro está retardando o desenvolvimento da piscicultura do pirarucu.

Fonte: Embrapa Amazônia Oriental

Ministério encaminha projeto pioneiro em avicultura industrial

Medida deve favorecer a manutenção dos mercados compradores em casos de surtos de doenças

por Globo Rural On-line 
 
 
Link para reportagem
Contenção individual de bovinos evita perda de vacinas

Contenção individual de bovinos evita perda de vacinas

Existe significativa diferença entre aplicar a vacina e imunizar os animais. Imunizar envolve, mais que simplesmente injetar um produto via subcutânea ou intramuscular, o conhecimento sobre a necessidade do tratamento adequado do animal. Em situações de estresse, a eficiência da vacina pode chegar à insignificância, o que é explicado por processos químicos que ocorrem dentro do organismo do bovino. Para evitar que a vacinação perca sua eficácia, é preciso ficar atento a alguns cuidados, como o local adequado de aplicação e o uso de um equipamento de contenção individual. Isso evita a perda de vacinas, passando de 3% para 14% quando se utiliza o brete coletivo.

Segundo o médico veterinário Renato dos Santos, as vacinas devem ser conservadas em caixas térmicas com gelo e temperatura entre 2°C e 8°C, evitando assim variações térmicas.

É necessário ainda que todas as pessoas responsáveis por aplicar as vacinas leiam seus rótulos, bulas e observem as informações sobre data de validade e modo de aplicação.

O produto é perecível à luz solar. Portanto, deve ser aplicado à sombra e no local certo. A legislação brasileira prevê que as aplicações injetáveis em bovinos devem ser feitas da ponta da paleta ao terço médio do pescoço. “Isso é dificultado quando a contenção do animal não é feita adequadamente”, afirma o médico veterinário.
 
Ele explica ainda que a aplicação feita em troncos coletivos também prejudica a qualidade da aplicação porque obriga a injetar o produto em outros locais. É necessário, portanto, fazer uso de um equipamento de contenção individual. Já o tempo gasto para a aplicação é bastante semelhante.

A escolha da agulha também influencia no sucesso da vacinação. “No caso das vacinas mais líquidas, o mais indicado é a utilização de agulhas finas. As lojas sabem como orientar sobre esse processo, assim como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que disponibiliza um livreto com orientações sobre a escolha da agulha e outros cuidados que devem ser tomados antes e depois da aplicação”, diz o veterinário.

Santos esclarece que os mamíferos, quando estressados, produzem hormônios como a adrenalina e o cortisol, cujo objetivo é impedir a entrada de corpos estranhos no organismo. De acordo com ele, o bovino, especialmente, produz muito cortisol em situações de estresse. Isso faz com que a vacina apresente um resultado insignificante.

Fonte: http://www.crmvsp.gov.br/site/noticia_ver.php?id_noticia=3949
Emissão global de CO2 aumentará em 20% devido ao uso de energia, diz AIE

Emissão global de CO2 aumentará em 20% devido ao uso de energia, diz AIE

Globo Natureza

Relatório publicado nesta quarta-feira (9) pela Agência Internacional de Energia aponta que a demanda mundial por consumo de energia deverá aumentar em um terço nos próximos 25 anos e aponta que se o crescimento ocorrer com uso intenso de combustíveis fósseis, as emissões de CO2 aumentariam em 20%.

Esta trajetória proporcionaria o aumento da temperatura global em 3,5 ºC acima dos níveis pré-industriais a longo prazo, de acordo com o documento.

A AIE informou que se não houver uma corajosa e rápida mudança política (a agência estipula 2017 como data limite para que medidas importantes aconteçam), como a redução no uso de combustíveis fósseis e investimentos para melhorias na eficiência energética, o mundo caminhará em uma rota ainda mais perigosa, “que levará a um aumento da temperatura de 6ºC ou mais”.

Leia matéria completa no site do G1 Natureza

100% nelore

Confira a seguir um trecho da reportagem de capa que pode ser lida na íntegra na edição da revista Globo Rural de novembro/2011

O boi do futuro para ele tem nome - é nelore. Antonio José Junqueira Vilela, o AJJ, seleciona um rebanho de elite em Euclides da Cunha (SP) e multiplica essa genética na vacada comercial da Fazenda Inhandu, em Novo Mundo (MT), onde produz tourinhos e faz cria, recria e engorda a pasto. Ele consegue abater os animais com média de três anos, alguns lotes até aos dois anos e meio. "O nelore é o gado que melhor se adaptou ao clima tropical. Prova disso é que mais de 80% do plantel de bovinos do país é da raça trazida da Índia. Como imaginar o boi europeu no calor tórrido de Mato Grosso e comendo somente capim?", desafia.

Para AJJ, a evolução do zebuíno nos últimos anos foi acelerada e decisiva para os ganhos na pecuária. "O boi era abatido com cinco, seis anos de idade, em média. Hoje, no Brasil Central, essa média, com a ajuda do nelore, caiu para três anos, o que se traduz em eficiência e giro financeiro rápido, além de menos comida, remédio, água e trabalho," afirma. Segundo ele, o caminho é investir cada vez mais na raça, cujo sangue corre nas veias de mais de 90% do rebanho em estados de pecuária extensiva como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia. "Anote aí: em uma década, devemos baixar para dois anos e meio o tempo de abate do nelore no país. E, quando atingirmos esse estágio, o Brasil estará pronto para abastecer o mundo de carne", prevê AJJ. Ele considera válido o cruzamento industrial do zebu com o europeu, mas o foco deve ser o aprimoramento constante do nelore. "É o gado do Brasil", resume. 

AJJ agrega valor ao ligar as duas pontas que garantem o êxito no corte: a alta genética e a produção comercial. São 500 vacas puros-sangues em Euclides da Cunha, entre elas 60 doadoras. E um rebanho de 60 mil cabeças nos campos de braquiária de Mato Grosso, sendo 2 mil vacas registradas. "Grandes, médios e pequenos pecuaristas tiram lição com AJJ, que tem olho clínico para a criação", afirma Carlos Viacava, ex-presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil. AJJ contesta os que atribuem pouco sabor à carne do nelore. "O que não é explicado é que a carne é envolta por uma capa de gordura. Ela pode ser incorporada à carne, deixando-a mais saborosa. E, se alguém deseja comer um produto magro e saudável, é só retirar a capa de gordura", ensina.

Ele adquiriu a fazenda paulista em 1985, depois de uma experiência bem-sucedida na Amazônia. A propriedade se chama Rio Alegre e margeia por quilômetros o Rio Paranapanema. Quase todos os tourinhos que lá nascem são enviados para Mato Grosso. Apenas 1% deles permanece para apurar o plantel. De Euclides da Cunha saem também os campeões de pistas pesadas, como a da ExpoZebu de Uberaba (MG) e as vacas que AJJ negocia a peso de ouro em leilões. "Empregamos a mais alta tecnologia, como a fertilização in vitro (FIV), coletando 450 embriões anualmente, que são destinados a Mato Grosso", diz. Segundo AJJ, de 65 anos, a chegada do nelore ao país, seu casamento com as pastagens rústicas do Brasil Central e as tecnologias modernas revolucionaram a pecuária e inseriram a atividade definitivamente no agronegócio. No norte de Mato Grosso, a Fazenda Inhandu possui área de 103 mil hectares. São mais de 90 quilômetros de um extremo ao outro - uma hora de carro. Vilela usa apenas 30% do espaço; os 70% restantes são reservas de mata nativa. A boiada come braquiária. As pastagens dos oito retiros foram semeadas por avião, por conta da vasta extensão da fazenda. "A cria, recria e engorda é feita no capim e sob temperaturas que castigam o gado. É por isso que o Brasil é exclusivo. Eu sou contrário aos confinamentos, pois são caros demais", diz AJJ.

Jacaricultura ou Criação de Jacarés

Das espécies de jacarés existentes no mundo mais de 70% são consideradas vulneráveis ou passíveis de extinção, e as principais causas são a destruição de seus habitats e a caça ilegal para exploração de seu couro.

Alguns países já efetuam programas de estudo de populações naturais, aliados a controle ou proibição da caça, repovoamento, criação em cativeiro e reintrodução na natureza.

Das cinco espécies de jacaré existentes no Brasil, somente o açu ou jacaré-preto vive apenas na Bacia Amazônica., as outras espécies também ocorrem nessa imensa área hidrográfica, mas ainda são encontradas em regiões como o pantanal matogrossense, margens do rio Parnaíba, bacia do Prata e lagoas litorâneas. São os casos do jacaré-tinga, jacaré-do-papo-amarelo, jacarepaguá e jacaré-coroa.

A Proibição da caça foi instituída pela Lei no 5.197 de 03/01/67 e a Criação em cativeiro foi regulamentada pelos decretos governamentais nos 132/88 de 05/05/89 e 250/88 de 22/08/88.

O jacaré Açu é animal carnívoro e se alimenta de tudo, desde que a alimentação fornecida seja à base de proteína animal. Devido ao metabolismo lento, alimenta-se relativamente pouco, cerca de 1% do seu peso vivo.Para a reprodução, a fêmea faz um ninho na vegetação na beira do lago, rio ou igarapé, onde coloca seus ovos que após um mês de incubação, eclodem. Ao contrário da maioria dos répteis, as fêmeas de jacaré costumam proteger os ninhos e filhotes. O acasalamento ocorre na água, mas a fêmea bota os ovos em terra.

O Jacaretinga vive no nordeste da Amazônia, chega a medir até 2,5 metros, se alimenta de peixes, pássaros, caranguejos. Para reproduzir põe de 14 a 40 ovos que levam 60 dias para eclodir.


Os índios deram a esse jacaré o nome de jacaretinga porque tem a barriga branca e tinga, em tupi, significa branco. O animal também inspirou os americanos, que acharam engraçada a saliência que o bicho tem sob os olhos, que lembra o meio-óculo, aquele usado para leitura, e o chamaram de “spectacled-caiman”, ou seja, jacaré de óculos.

O jacaretinga não chega a estar ameaçado de extinção, mas é considerado vulnerável.A raridade do jacaretinga é, em parte, culpa da exportação clandestina para os Estados Unidos, que foi grande no passado. Esse animal é manso, dificilmente morde e por isso foi muito usado como animal de estimação, mas alguns escaparam de seus donos e hoje se reproduzem em liberdade na Flórida.

A conservação da espécie no Brasil visa a produção de indivíduos para o fornecimento de matrizes e reprodutores para criadores, evitando assim a captura de indivíduos em populações remanescentes. A propagação em cativeiro garante a preservação da espécie em alto risco de extinção (não deve ser considerada como manejo). A criação em cativeiro apresenta uma taxa de mortalidade de 4,75 % do estoque (média de 4 anos) e o maior índice é alcançado no 3o ano (8,7%).

O efeito positivo no crescimento de filhotes ocorre entre 18 e 20 meses e o abate ocorre quando o animal apresenta um tamanho mínimo de 90 cm. As peles tem aproveitamento integral e a carne possui consistência e paladar não diferenciados.O controle de temperatura, os cuidados alimentares e a higienização dos recintos estimula um grande avanço com aceitáveis taxas de mortalidade, crescimento, ganho de peso, qualidade da carne e tipo de pele produzida.O jacaré produz couro de excelente qualidade e de alto valor comercial, e é usado na confecção de bolsas, sapatos, capas de agenda, etc.


Sua carne também é usada na culinária. Um dos pratos mais sofisticados é a carne de jacaré no leite da castanha-do-Pará. O tempo de permanência no criadouro varia de 2 a 3 anos e no ambiente natural varia de 5 a 6 anos.O IBAMA admite que 10% dos ovos recolhidos sejam devolvidos como filhotes à natureza, após 6 meses de idade.Animais devolvidos à natureza são indivíduos com maior oportunidade de sobrevivência (> 50cm).

Fonte: www.coocrijapan.com.br